Davó desequilibra, Guarani massacra Internacional (RS) por 5 a 0 e está nas oitavas de final da Copinha

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Impossivel ignorar o gigantismo da vitória do Guarani sobre o Internacional por 5 a 0, em Taquaritinga, válido pela Copa São Paulo de Futebol Junior. Um atropelamento. Massacre.

Uma conquista que ganha relevância se levarmos em conta que só em 2016, o Colorado gastou R$ 23 milhões só com as categorias de base e já tem o planejamento de realizar um novo Centro de Treinamento para profissionais e amadores com gasto estimado de R$ 70 milhões.

A disparidade é enorme e para driblá-la o Guarani e o técnico Márcio Zanardi utilizaram uma arma esquecida no Mundo da bola: inteligência, que precisa aparecer no próximo embate contra o Botafogo (RJ).

O Guarani fisicamente não tinha como ser comparado ao adversário. Entrar em divididas ou abusar do choque faria com que certamente o Colorado ficasse em vantagem.

O que fez o Alviverde? Marcou a partir da zona intermediária, com os setores uns próximos dos outros, mas não uma marcação passiva. A ideia foi a dificultar a saída de bola do Internacional e recuperá-la para puxar o contra-ataque, seja qualquer fosse o setor explorado.

E o roteiro foi perfeito para o atacante Davó. Por que? Os zagueiros Pedro Henrique e Marco Antonio eram lentos e  não recebiam o auxilio dos volantes José Gabriel e Juliano Fabro, adiantados e ineficientes na recomposição. Os espaços surgiram e não foi difícil o Guarani chegar a conclusão que bastavam no máximo quatro toques para chegar ao gol. Um para retomar a bola, outra para lança-la e outro para dominio e arremate. Davó não vacilava. O placar de 5 a 0 surgiu naturalmente, sendo quatro de autoria de Davó e o quinto de Marco Antonio, gerado a partir do espaço cedido pelo Colorado. No lado defensivo, destaque aos beques Pedro Moraes e Victor Ramon que souberam segurar o centroavante Brenner, forte, alto, eficiente no jogo aéreo e que poderia produzir incômodos.

Os 90 minutos demonstraram, na pior das hipóteses, um Guarani com um Davó veloz e letal na conclusão, um Matheusinho rápido, solidário e o lateral-esquerdo Bidu de boa técnica. Tudo isso só deu resultado porque o time bugrino jogou de maneira solidária e sou trabalhar em seu favor as limitações.

Algo deve ser dito: apesar das confusões políticas, da ausência de estrutura e dos parcos recursos, o Guarani ainda revela atletas e faz campanhas dignas na Copinha. Afinal, ficar entre os 16 melhores entre os 128 clubes já é um bom resultado. Imagine se a estrutura e o clima de primeiro mundo estivessem presentes..

(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto- Letícia Martins-Guaranipress)