Nenê Zini encaminha proposta a Justiça do Trabalho e contraria Junta Jurídica do Guarani

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O presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, revelou na segunda-feira que o grupo que concorre ao controle do departamento de futebol profissional, capitaneado pelo empresário Nenê Zini, protocolou a proposta diretamente na Justiça do Trabalho e encaminhou para a juíza Ana Cláudia Torres Viana, responsável por agilizar o pagamento das ações trabalhistas impetradas contra o Guarani.

O dirigente assegurou que tal postura não vai acarretar em represálias ou prejuízo ao consórcio formado por Traffic e Elenko e que disputa o controle com a Magnum, de propriedade de Roberto Graziano, que por sentença judicial já tem posse do terreno em que se encontra o Estádio Brinco de Ouro.

Pelas propostas em disputa, Roberto Graziano quer ficar com 90% de tudo que for arrecadado pelo Guarani e que 10% sejam encaminhados ao clube. Já o consórcio liderado por Zini propõe 30% para o clube e 70% aos empresários que seriam mantenedores do futebol.

O empresário Nenê Zini confirmou que encaminhou a sua proposta à Justiça e também protocolou no clube. Sua intenção é criar um ambiente para reestabelecer critérios justos para análise da melhor proposta. Veja sua resposta a resposta sobre o assunto:

“O Guarani não criou um protocolo para estipulação de prazos, como por exemplo, a formulação de uma carta convite, como nos processos de licitação. Como a Juíza já criou um grupo para acompanhar o processo, o ideal seria aproveitar e começar do zero. As comparações precisam ser realizadas de maneira correta. Do jeito que está, querem analisar laranja com abacate, por exemplo”, analisou.

Já o advogado Marcelo Dias, integrante da Junta Juridica que analisa o processo de cogestão  respondeu da seguinte forma:.

“Do ponto de vista prático, o protocolo do contrato diretamente na justiça do trabalho apenas atrasa o resultado do processo de cogestão. O magistrado responsável, que substituiu a Dra. Ana Claudia na condução do núcleo de execuções,  não fará qualquer avaliação antes de que a junta jurídica oferte parecer sobre o instrumento. Portanto, apresentar diretamente apenas prorrogou a solução e atribuiu mais morosidade a uma questão tão relevante, algo que poderia ter sido evitado.

Sob minha ótica pessoal, o comportamento do candidato, e daqueles que o serviram, foi deselegante. Se há uma junta formada e escolhida pelo conselho deliberativo justamente para promover análise técnica dos instrumentos, seria respeitoso enviar à mesma a minuta diretamente – até porque não foram poucas as vezes em que nos dispusemos a conversar sobre os pontos contratuais.

Apesar, contudo, do procedimento pouco louvável, e diferente do que se dá com muitos personagens de nosso clube, eu não me norteio por pessoalidades e guerras políticas tolas. Tenho-me por satisfeito com a manutenção das duas propostas – ao invés de uma apenas -, e pretendo realizar a isenta análise da minuta para a devida apresentação aos órgãos estatutários”

(Elias Aredes Junior)