Boa campanha na copinha coloca lenha na fogueira da crise política do Guarani. Entenda os motivos

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O Guarani está classificado para as semifinais da Copa São Paulo de Futebol Junior. Feito notável. Vitórias contra Internacional, Botafogo e Figueirense demonstraram a qualidade do time treinado por Márcio Zanardi. Indiretamente, eles não sabem que tal triunfo detonou mais um capitulo da guerra política travada nos corredores do estádio Brinco de Ouro.

Quem está a favor de Roberto Graziano e de sua proposta de cogestão do departamento de futebol profissional poderá dizer que a campanha na copinha é um argumento mais do que suficiente para comprovar sua capacidade para lidar com futebol. Apesar do Guarani deter 60% dos direitos econômicos dos atletas, em vários casos a Magnum trouxe garotos para atuar e terá direito ao percentual em futura negociação. Ou seja, os defensores de Graziano vão enfatizar o seu conhecimento na área e a validade do investimento e que fatalmente isso acontecerá no profissional.

Só que os opositores ganharam trunfos. Você pode pensar: como se o time está na semifinal da copinha? Pois é. Mas de um jeito ou de outro, a agremiação demonstrou novamente dependência de empresários para montar uma equipe competitiva. E de um investidor que já tem em suas mãos a área do Brinco de Ouro. Alguém que, se por um lado viabilizou a chegada de atletas por outro não planejou a melhoria da parte de infraestrutura que pudesse blindar os jogadores contra as lesões ocorridas nas fases agudas da competição.

Roberto Graziano, nesta sua participação no departamento amador provou que está longe de ser um deus ou um ser mitológico. É uma pessoa de carne e osso, dotado de conceitos que podem ser corretos ou equivocados.

Qual versão irá prevalecer? Do empresário redentor e competente ou daquele que deseja apenas utilizar o clube para seus investimentos? O destino responderá.

(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto Letícia Martins)