Em seis partidas o Guarani somou 10 pontos. Acumulou o que fez em 19 partidas no Paulistão de 2013, quando foi rebaixado na lanterna. São formulas diferentes. Concordo. Só que a participação bugrina na primeira metade do Campeonato é um desfile de boas noticias ao torcedor bugrino.
O desastre contra o Bragantino não tirou o técnico Osmar Loss do foco principal, a formatação de um esquema tático e formula de jogo. Conseguiu. O Guarani em casa é um time que valoriza a posse de bola, trabalha bem pelas alas do campo, tem um posicionamento compacto para se defender e apresenta estratégias conhecidas como os arranques de Ricardinho pela faixa central do gramado e novidades como o posicionamento de Thiago Ribeiro, como um definidor e auxiliar do centroavante de plantão. Controlar a bola não é uma atitude em si para Osmar Loss. Ele trabalha lançamentos longos, infiltrações e triangulações. Talvez o rendimento fosse ainda mais efetivo se contasse com um velocista para furar as retrancas. Mas é inegável que jogadas são treinadas e ensaiadas.
Destaca-se ainda a disciplina tática. Marcam com sede de pegar a bola de maneira rápida e eficiente. Defeitos? Ferreira e Victor Ramos são zagueiros tarimbados, experientes, mas lentos no um contra um. Quando estão diante de atacantes velocistas o trabalho é redobrado. É preciso acertar a cobertura dos volantes e calibrar a descida dos laterais para que os beques não fiquem excessivamente expostos. Ressalte-se que a marcação na bola parada defensiva já evoluiu após as pixotadas contra o Mirassol.
O saldo desta primeira parte da temporada é animadora. Em seis jogos, o Guarani definiu uma cara, uma filosofia de jogo e sabe o que deseja no gramado. Poderia ser mais contundente e ofensivo como visitante? Concordo. Mas é algo para ser buscado no decorrer da temporada. Para quem sabe o que quer não será difícil alcançar.
(análise feita por Elias Aredes Junior)