Com a obtenção da vitória nos tribunais, a Ponte Preta terá uma nova oportunidade de conseguir empatar com o Aparecidense e seguir na Copa do Brasil. Mais: assegurar uma quantia de R$ 600 mil e assegurar tranquilidade no caixa. Todo este cenário ficará de pé caso o time goiano não recorra e vença no Pleno do STJD. Independente disso, momentamente esta vitória tem muitos sócios e também acarretou em prejuízos para alguns personagens.
O principal vencedor é o diretor do departamento jurídico, Giuliano Guerreiro, auxiliado por João Felipe Artioli. Contra tudo e contra todos, bancou uma tese jurídica que não encontrou ressonância nos corredores do Mundo do Futebol e teve uma vitória incontestável.
Lógico que José Armando Abdalla Junior recebe um senhor oxigênio na sua sustentação política. Se o jogo acontecer e a Ponte Preta passar à fase seguinte, sua imagem estará salva de protagonizar um vexame de dimensões grandiosas. Gustavo Valio por enquanto pode respirar aliviado. Viu o dinheiro escorrer por entre as mãos e já fazia contas para cortar gastos e readequar investimento. O cinto não será apertado por hora. E se passar pela primeira fase ainda não terá que suar a camisa.
E os perdedores? Além do Aparecidense, que será obrigado a atuar novamente em seu estádio, a CBF também fica na berlinda. Será obrigada a engolir protestos por jogos com arbitro de vídeo em todas as suas competições nacionais e terá que viabilizar recursos para tal empreitada.
E um outro perdedor é preciso coragem em dizer. Com todas as letras: o grupo político de Sérgio Carnielli. Não, ninguém torceu contra. Seria loucura e insanidade pensar em tal hipótese. Mas alguém tem duvida de que uma desclassificação na Copa do Brasil seria utilizada como argumento por essas pessoas nas reuniões do Conselho Deliberativo para atacar a dupla Abdalla-Valio? Os tribunais deixaram os oposicionistas de mãos abanando. Fato.
Moral da história: o futebol sempre produz mocinhos e vilões. Dentro e fora do campo.
(análise feita por Elias Aredes Junior)