O que falta para a Ponte Preta realizar um evento em homenagem ao técnico Cilinho?

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Não costumo dar bola para correntes de Whatsapp ou postagens em redes sociais sem a fonte identificada. Penso que o jornalismo, apesar de todos os seus defeitos, não pode ser desprezado. Mas existem exceções. Nesta semana, circulou uma foto em que Otacilio Pires de Camargo, o Cilinho, está sentado ao lado dos ex-jogadores Parraga e Serelepe.

O ex-treinador está doente. Luta pela sua recuperação. Remédios ajudam. Médicos idem. Mas o carinho, o afago, um abraço podem mudar para melhor o rumo de um tratamento. Pergunta direta: o que precisa acontecer para a Ponte Preta, seja a sua diretoria executiva ou Conselho Deliberativo realizarem um ato de homenagem única e exclusivamente ao veterano treinador?

Não falamos de um personagem qualquer na história da Ponte Preta. Cilinho é o técnico com o maior número jogos na história da Macaca: 345. Sua obstinação e dedicação com a Alvinegra chegou a tal ponto que criou uma rede de seguidores e fãs, os famosos Cilinistas. Inclusive na imprensa.

Inteligente, esperto, proprietário de técnicas modernas de treinamento e para lidar com os jogadores, foi um marco para a Alvinegra. Talvez tenha sido o primeiro a enxergar a necessidade de cuidar da mente dos atletas e por isso os levava para sessões de cinema e teatro. Foi o responsável pela condução do time vice-campeão paulista em 1970, o primeiro a desbravar fronteiras pelo Brasil.

Toda esta trajetória poderia ser relembrada em uma cerimônia simples, com depoimentos de dirigentes, ex-jogadores e torcedores anônimos. Seria uma deferência mais do que justa para alguém que trabalhou em prol da Macaca. E que agora merece o abraço de todo mundo.

(análise feita por Elias Aredes Junior)