Mais lances de bastidores da guerra política entre Sérgio Carnielli e José Armando Abdalla Junior na Ponte Preta

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A decisão do presidente José Armando Abdalla Junior em encaminhar o oficio em que pede ao presidente de honra Sérgio Carnielli a devolução dos documentos referentes a construção da arena em que se encontra o Centro de Treinamento do Jardim Eulina é o desfecho de um enredo cheio de idas e vindas e que exibe a guerra política hoje reinante no estádio Moisés Lucarelli.

Pela apuração da reportagem do Só Dérbi, a largada foi na votação do Conselho Deliberativo, quando Abdalla tomou conhecimento do rompimento definitivo de algumas pessoas em relação a sua administração. Além do próprio Carnielli, o distanciamento foi estabelecido com o ex-presidente Vanderlei Pereira e com o atual vice-presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, que contrário ao balanço. Foi ali que ele verificou que não haveria outra saída senão a de conduzir o clube sem ajuda de ninguém. Em um primeiro momento não havia qualquer intenção de declaração de conflito.

O panorama mudou a partir do ultimo final de semana, quando Carnielli compareceu a um evento com pontepretanos e integrantes do mundo político e empresarial. Ali, conforme o relato de uma pessoa que esteve presente ao encontro, o presidente de honra teceu duras criticas aos integrantes da atual diretoria, o que deixou contrariados todos os seus componentes. Coincidência ou não, o documento surgiu após o episódio.

O argumento jurídico que integrantes da diretoria executivo utilizaram para encaminhar o ofício é sobre a falta de embasamento legal para Carnielli conduzir e tomar decisões sobre a construção da arena já que seus direitos políticos foram cassados por uma decisão judicial. Qualquer decisão que tenha sua chancela corre-se o risco de contestação judicial.

Mas Carnielli não está derrotado. Ele conta com aliados para viabilizar o seu retorno a vida política na Ponte Preta. Além de Tiãozinho e Vanderlei Pereira, o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Pedro Maciel Neto, considera de que é possível construir pontes com integrantes da oposição e da atual diretoria e colocar um ponto final em uma disputa política que permanece desde a eleição de Abdalla no final de 2017. Uma missão espinhosa.

(Elias Aredes Junior)