O dérbi será um divisor de águas na Série B? Por Jota Jorge

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O Derbi por si só já mexe com todos nós. Imagine um Derbi que pode decretar a busca real do acesso de um lado, ou a redenção de outro? Ou pode colocar em dúvida a capacidade de quem acha que está no caminho certo, ou provocar uma sensação aflita da proximidade do rebaixamento.

Pois tudo leva a crer que o Derbi marcado para o dia 10 de agosto tenha todos esses ingredientes. Se do lado alvinegro. as coisas estão caminhando de forma tranquila e com sonho de acesso, do lado alviverde a aflição já começa a tomar conta do torcedor.

O Derbi será na décima quinta. A situação dos times e o retrospecto fazem com que não tenhamos uma alteração significativa do quadro atual. É jogo pra ficar na história.

A Ponte consegue uma regularidade crescente com o trabalho de Jorginho e alguns reforços que devem acrescentar qualidade ao elenco, um quadro que não deve ser alterado após a derrota para o Bragantino.

O Guarani segue seu calvário, agora com Roberto Fonseca que chegou tarde, e tenta arrumar um time que nas mãos do treinador anterior foi um arremedo. Sem padrão, sem fibra, sem vontade. Claro está, que a tarefa de Roberto Fonseca é árdua e muito mais difícil. Nesse começo de trabalho, já mostra uma evolução. Principalmente no setor defensivo. Mais organizado atrás, o Bugre pelo menos já tem uma cara, um time que marca bem e tem vontade. Mas os jogadores precisam ajudar o treinador diante da apatia vista contra o Cuiabá.

Jorginho conseguiu dar padrão de jogo a um time que pouco produzia com treinador anterior. Está de volta realizando até agora um bom trabalho. Situações antagônicas, mas que a história mostra que nem sempre quem está melhor, vive melhor fase,  sai vencedor. Dois treinadores de respeito, que conhecem de futebol, e que na certa farão desse duelo um jogão.

O que se lamenta é o fato de termos torcida única. É lamentável como as autoridades acham soluções cômodas para os problemas. Só que o problema não se restringe ao estádio.

Aliás, no estádio não existe conflito. E quando surge algum indício de confusão, logo as coisas se acalmam. O problema é fora. É no terminal de ônibus, é em pontos estratégicos da cidade. São emboscadas.

Enfim, o fato de se ter torcida única não resolve o problema. Pelo contrário, acirra ainda mais os ânimos e a violência se espalha pela cidade e região. É lamentável que o torcedor adversário se veja privado de apoiar seu time num jogo desses.

Enfim, são atitudes incompreensíveis de uma administração incompetente do nosso futebol, em conjunto com as autoridades que deitam eternamente em berço esplêndido e deixam a água rolar.

Para os responsáveis por essa medida absurda que, junto com outras tantas medidas descabidas, estão acabando com o nosso futebol, um desejo do fundo de meu coração: ” Passar Bem ” !!!

(artigo escrito por Jota Jorge, comentarista da Rádio Brasil-email: jotajorgecbn@bol.com.br)