O duro saldo na política do Guarani: o ódio venceu (de goleada!) o bom senso

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Desde 2014, a vida política do Guarani gira em torno de dois nomes. Horley Senna e Palmeron Mendes Filho. Hoje em lados opostos, os dois protagonizam a invasão de algo triste e deprimente no cotidiano do clube: a cultura do ódio.

A eleição de escolha dos novos componentes do Conselho Deliberativo foi insuficiente para incentivar a discussão de propostas ou ideias que possam ser debatidas no CD. Tudo gira em torno de apontar os defeitos de um ou de outro.

Quem está contra Horley afirma de que ele não pode voltar de jeito nenhum à presidência do Guarani, nem que seja com poderes diminuídos. Não visão destas pessoas (e não são poucas) Horley dilacerou o ambiente político do clube e colaborou para afastar os verdadeiros bugrinos do Brinco de Ouro.

Palmeron não ficaria atrás. Grupos de Whatsapp e conversas informais demonstram o ressentimento de milhares de torcedores em relação a uma administração que, na visão de muitos, quer apenas satisfazer as vontades de Roberto Graziano enquanto que o Guarani fica em segundo plano. Palmeron afirma que isto não é verdade. Para os detratores pouco importa. Eles não gostam dele e ponto.

Resultado: o Guarani é  um clube de ambiente pesado, negativista, sem perspectiva e cuja a meta coletiva foi substituída por um individualismo radical. Seja de um lado ou de outro acreditam em soluções mágicas.

Apesar de ser favorável a uma atuação mais efetiva da Justiça, nem com intervenção judicial acredito em solução definitiva. Recuperar a convivência civilizada, a troca de ideias e a formulação de planos profissionais e factíveis deveria ser a meta dos envolvidos na disputa política bugrina. Não é.

Não há quem prospere ao utilizar o ódio como combustível. Uma hora o conceito será redescoberto no Guarani.

(Elias Aredes Junior)