O Guarani aparece mais fortalecido para o clássico contra a Ponte Preta. Pelas limitações ofensivas, ainda tem dificuldade em construir um favoritismo, mas o passado pode lhe inspirar a surpreender.
Falo especificamente do dia 20 de junho de 2009, quando comandado por Oswaldo Alvarez o Guarani venceu por 1 a 0 no Majestoso, com gol de Caíque e abriu caminho para o acesso na Série B.
A primeira vista parece uma data distante. Não é. Alguns fatos de bastidores e históricos fazem conexão com a esperança do torcedor bugrino.
Em 2009, o Guarani encontrava-se desmoralizado pelo rebaixamento no Campeonato Paulista e suas dificuldades financeiras.
Vadão montou uma equipe de ultima hora e com atletas ou fora do cenário de ponta ou que queria um lugar ao sol. Por outro lado, a Macaca estava entusiasmada.
O Paulistão tinha lhe rendido pelo menos a conquista do Título do Interior e o quadro financeiro era estável, com Sérgio Carnielli pronto a bancar qualquer custo. Por outro lado, a Macaca tinha uma base construída desde o início do ano com atletas como Gum, Edilson, Evando, Fabiano Gadelha e o comando de Pintado.
O clima era tão favorável a Ponte Preta que na ocasião, a preleção de Vadão que antecedeu a partida foi muito mais focada na questão emocional do que na parte técnica e tática.
Queiramos ou não, após dez anos, o Guarani vem de um Paulistão decepcionante, ainda vive agonia por problemas financeiros e o seu oponente histórico tem uma base titular mais estável.
Em contrapartida, assim como em 2009, Roberto Fonseca é experiente, tarimbado na disputa da Série B e começa a recuperar emocionalmente uma equipe que parecia nocauteada.
Que os jogadores bugrinos utilizem como inspiração para um desempenho digno do clássico.
(Elias Aredes Junior)