Análise: o problema da Ponte Preta não é técnico e sim a incapacidade da diretoria executiva de pensar o que pretende no futebol

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Todos estão insatisfeitos com a atuação da Ponte Preta diante do Criciúma. Futebol pobre, sem imaginação e um festival de ligações diretas. Meio-campo sem imaginação e incapaz de passar pelo bloqueio armado pelo time catarinense.

Kleina recebe apupos. Agora é Gilson Kleina. Amanhã será outro. A cada dia um Cristo é colocado na cruz e o ponto principal não é abordado: a falta de conceito da diretoria de futebol em relação ao que pretende sobre a equipe.

Inexiste uma maneira de jogar. Montagem de perfil de elenco. Filosofia de jogo. Cada dia pensa-se de uma maneira. Faça um retrospecto. Com Mazola Junior, os titulares ficavam atrás da linha da bola e apostavam em um contra-ataque que geralmente não aparecia.

Depois, Jorginho foi contratado. O  time saiu de uma retranca fissurada e passou para um jogo baseado no toque de bola, no preenchimento dos lados  e que exigia que os armadores e volantes aparecessem na área para conclusão. Na casa do adversário, a Macaca sufocava os oponentes.

Com Gilson Kleina, a receita muda. Fica a pergunta: o que pensa Gustavo Bueno? E Gustavo Valio? E José Armando Abdalla Junior? De que maneira eles querem que a Ponte Preta atue? Retrancada? Com velocidade? Toque de bola?

É em cima dessas definições  que posteriormente os jogadores devem ser contratados e o treinador escolhido. A Macaca vive de aluguel de ideias. É como uma casa. Algumas residências você entra e está tudo em ordem e tira o proveito. Em outras o quadro é outro. Tudo quebrado. Bagunçado.

Está na hora da Ponte Preta possuir suas próprias ideias.

(Elias Aredes Junior)