Engana-se que a demissão de Estevam Soares desobriga a contratação de um executivo ou diretor de futebol remunerado no Guarani. É preciso preencher esta vaga com urgência. E não com a meta de buscar a permanência na Série B. Thiago Carpini e os jogadores já mostraram que farão de tudo para viabilizar a permanência. O neo dirigente poderá contratar reforços, é verdade. Só que sua missão é realizar obras de médio e longo prazo.
O buraco é mais embaixo. Chama-se Campeonato Paulista. Vamos fazer um exercício de futurologia. Digamos que o Alviverde consiga a 16ª posição. Assegure a Série B em 2020. Só que nem nesta imaginação positiva dá para pensar em sustentar todos os jogadores contratados neste ano.
As escolhas de Fumagalli e Marcus Vinicius Beck Lima e avalizadas por Palmeron Mendes Filho foram equivocadas. Desastrosas. Ou seja, o normal é que 90% do elenco seja dispensado. Como será feita a reposição? O Guarani ficará submetido a contratações feitas de ultima hora para lutar pela permanência em uma competição com renda estratégica? Seria uma medida preventiva até para escapar de possiveis turbulências políticas futuras.
Um novo executivo terá a utilidade de pesquisar mercados emergentes no futebol, reconstruir contatos com empresários que tenham um portifólio de qualidade e definir se Thiago Carpini tem condição ou não de permanecer. Traduzindo: planejamento.
Não podemos esquecer. Se não fossem as vitórias contra o Corinthians no Brinco de Ouro e diante do São Paulo no Pacaembu, o Guarani seria rebaixado.
Falta de estrutura ou de recursos não pode ser desculpa para improvisos. O ano de 2020 já deveria ter começado para os bugrinos sensatos e de olho no futuro.
(Elias Aredes Junior)