Vale a pena o clube virar empresa? O futebol campineiro precisa discutir este assunto. Urgente!

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Cidade com mais 1,2 milhão de habitantes, Campinas é um pólo natural para negócios. Representantes de Guarani e Ponte Preta estiveram presentes nos últimos dias com comandantes da CBF, além do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) para encaminhar sugestões para o projeto que daria incentivos para os clubes de futebol se transformarem em empresas.

Notícia publicada pelo jornalista Rodrigo Capelo, em seu blog no Globo Esporte.Com anuncia que alguns pontos já foram modificados do projeto original.  O descarte inicial foi do Fundo Garantidor, que caso fosse implantado, de acordo com informações do jornalista tiraria um percentual das receitas dos clubes-empresas e faria o dinheiro ser destinado para um fundo, cuja finalidade seria socorrer clubes em estado irreversível de falência, algo já descartado.

Na questão tributária, a proposta pensada pelo parlamentar é de que os clubes poderiam até ficar com as isenções tributárias desde que cumprissem uma lista de requisitos de boa administração. Caso não cumprissem, tais clubes passariam a ser tributadas com as mesmas alíquotas de empresas convencionais. Uma armadilha e tanto para o futebol campineiro, que não consegue ficar em pé de modo decente, apesar das facilidades oferecidas nos dias atuais. E que certamente de um jeito ou de outro vai comemorar o novo Refis proposto e com duração de até 240 meses. Facilidade maior, impossível.

Pelo menos um dispositivo contra a incompetência está presente: os investidores teriam que ressarcir a associação que detém as marcas registradas com royalties. Ou seja, se alguém decidir investir em Guarani e Ponte Preta, por exemplo, deveria de certa forma reverter algo aos cofres dos clubes.

Certo é que outras nuances, detalhes e características estão presentes no projeto e que ainda não foram devidamente explorados. Este seria um tema oportuno para um seminário para ser realizado pela Camara Municipal de Campinas. Até para que o torcedor campineiro tenha noção de como fará para sobreviver diante da selva de pedra que se avizinha. Fica registrada a sugestão.

(Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Ponte e Guarani precisam, para começar, fazer o que está ao alcance deles: se juntar para fazer o que não é atividade fim, como marketing, captação de publicidade para as camisas e estádios, por exemplo. O futebol está muito profissionalizado. Rivalidade deve ficar só dentro do campo. Na hora de ganhar dinheiro têm que se juntar.