Ponte Preta: a aposta da diretoria executiva em Gilson Kleina, por enquanto, é um retumbante fracasso

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Vamos falar sem rodeios. A derrota para o Operário-PR e o perigo de ficar ainda mais distante da zona de classificação da Série B do Campeonato Brasileiro são fatores que demonstram cabalmente que a estratégia da diretoria executiva da Ponte Preta e de seu departamento de futebol falhou. De modo bisonho, diga-se.

Tanto o presidente José Armando Abdalla como o diretor financeiro Gustavo Valio apostaram piamente de que a chegada de Gilson Kleina promoveria um choque positivo de gestão na Macaca e que os resultados apareceriam no gramado. Ledo engano.

A equipe está com um futebol pobre, não tem jogadas trabalhadas e as únicas jogadas ofensivas surgem das bolas paradas pelos lados do campo. Um festival de ligação direta e de erros de passe deixam o torcedor pontepretano desesperado.

Gilson Kleina é culpado? Em parte sim, porque a impressão que passa é que o time perdeu um pouco das características deixadas por Jorginho. Lembre-se que tivemos um período de intertemporada e o resultado prático foi nulo. Sua responsabilidade deve ser cobrada. Disputou 12 pontos e ganhou quatro. Decepcionante.

Os dirigentes não podem ser excluídos de culpa. Gilson Kleina estava em casa e sozinho no seu canto. Quem fez o convite foi a diretoria e avalizada pelo departamento de futebol. Leia-se: Gustavo Bueno. Lógico que não podemos ignorar o desgaste da relação de Jorginho com a diretoria. Mas hoje é de se pensar se o roteiro não poderia ser diferente.

Resumo da ópera: a diretoria executiva está presa com Gilson Kleina. O futebol precisa aparecer por bem ou mal. Conversar, trocar ideias, buscar uma saída.

Folha salarial alta, pressão de todos os lados e de quebra uma oposição a atual gestão que flerta com a confusão.

Pobre Ponte Preta. Não merecia tal enredo macabro.

(Elias Aredes Junior)