Torcida do Guarani e o vício incurável: não querem jornalistas críticos e independentes e sim torcedores com um microfone na mão. Péssima escolha!

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Torcedor é paixão. Só não pode ser alienado. Logo após a vitória diante do Atlético-GO bugrinos iniciaram caça às bruxas com jornalistas. Tipica atitude de censura. Motivo: duvidaram da capacidade do clube. Ou tinham “decretado” o rebaixamento à Série C.

Primeiro que jornalista lida com fatos. Não tem que ficar empunhando bandeira de time A ou B. Se faz isso não é jornalista. Ponto. E a campanha do Guarani levava a tal conclusão. Simples assim

Estamos na 26ª rodada. O Guarani ficou na zona do rebaixamento em 22. O que o torcedor queria? Elogios? Babação de ovo para um time limitado, perdido em campo e sem capacidade técnica?

Vamos pegar o túnel do tempo? Olhe para a escalação do time que perdeu do Atlético-GO no dia 06 de junho: Giovanni; Lenon, Bruno Lima, Xandão e Armero; Deivid (Diego Cardoso), Igor Henrique, Ricardinho, Éder Luís (Deivid Souza, 44/2º) e Felipe Amorim (Mateusinho); Davó.

Sério que você elogiava o futebol de Xandão? E a insegurança do goleiro Giovanni? Apesar de encontrar-se lesionado (e torcemos por sua recuperação), o zagueiro Bruno Lima não comprometeu um jogo sequer? E Éder Luis? Você aprovava o futebol de Felipe Amorim?

Quer dizer que você, torcedor poderia meter o pau nesta equipe limitada, com um técnico ineficiente e eu e outros, como jornalista deveríamos defendê-lo? Vou além: só um louco para traçar perspectiva de recuperação para uma formação como essa. E as bagunças de bastidores? Confesse então: seu desejo não é por jornalistas criticos e independentes e sim por torcedores com microfone na mão.

E não se esqueça que a confiança apareceu em definitivo a partir do jogo do vitória, quando Thiago Carpini, após muitos testes, achou a formação de meio-campo. E sem Ricardinho, que outrora era ídolo das arquibancadas.

Ao invés de realizarem caça ás bruxas que os torcedores comemorarem a boa fase e saibam que estão sendo agraciados pelo destino. Não é todo dia que os deuses do futebol estão de bom humor.

(Elias Aredes Junior)