Nestes tempos atuais, reinados pelo ódio e ausência de interpretação de texto, o debate da opinião pública fica contaminado. Meu texto sobre a fissura do torcedor bugrino por jornalistas dóceis gerou repercussão. uitos não entenderam a mensagem. Aproveito a chance para desmistificar conceitos e de quebra fazer uma deferência justa. Quem pensa que o texto foi dirigido a Rádio Planeta Guarani quebrou a cara. Redondamente.
Sou antenado o suficiente para detectar a tendência de produtos que queiram falar a linguagem do torcedor, como as rádios oficiais. O problema são as pessoas que anunciam-se como jornalistas e tecnicamente não aplicam os conceitos da profissão.
Não possuem espírito critico, são incapazes de fazer análise aprofundada e espalham um noticiário amorfo, sem profundidade e instrumentos para que o torcedor reflita e tire suas próprias conclusões. E posicionamento do profissional é parte integrante do cardápio para esclarecer o consumidor de informação.
O responsável pela rádio e site Planeta Guarani, Marcos Ortiz, deveria isso sim ser elogiado e ser motivo de vergonha para nós, jornalistas que carregamos o ofício e frequentamos os bancos das facildades. Ortiz faz aquilo que muitos em Campinas não fazem: jornalismo. De alto quilate.
Dá noticias sobre treinos, jogos e faz análise das características e da crise política do clube. Um assunto que, muitos jornalistas esportivos da cidade, aliás, sequer abordaram.
Não tiveram a coragem de expor as entranhas da guerra deflagrada pelos grupos de Horley e Palmeron. Ortiz fez. Quem está certo? Ortiz, é lógico.
Tanto aqui no Só Derbi como na Rádio Brasil e na equipe campeã buscamos fazer um jornalismo sério, criterioso e não temos vergonha em afirmar que Ortiz é uma de nossas principais fontes.
Por que? Porque é sério, bem informado e dentro de suas limitações informa com clareza o torcedor do Guarani. Como? Com informação e análise. Repito: ele cumpre a função de jornalistas. E muitos se eximem da tarefa.
Então, um aviso aos incautos: aprendam a ler e interpretar textos. Leiam e analisem. Se o noticiário referente do Guarani encontra-se depauperado na reflexão, saibam: o Planeta Guarani não está no balaio dos culpados.
(Elias Aredes Junior)