Ponte Preta: dá esperar por um milagre? Por André Gonçalves

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Quando vejo os jogos da Ponte Preta sob o comando do técnico de Gilson Kleina, tenho a impressão que é o mesmo jogo. Ou seja, parece um único jogo com 10 tempos.

Não há diferença entre um jogo e outro. Independente do adversário, a postura é igual.

Como confessei aqui nesse Só Derbi, eu tive a impressão que Jorginho havia perdido a mão após “tomar” a virada com um jogador a mais em Bragança.

Aquele resultado fez o time perder a confiança e deixou de jogar bola. Passou a duvidar das próprias qualidades e do que havia feito.

A diretoria escolheu Kleina pela confiança e histórico recente. Jogou para torcida -ou parte dela. Como se diz: “estou fazendo o que vocês querem”.

O problema não era só o técnico. O que o time vem passando depois do jogo em Bragança tem nome e sobrenome: identidade e falta de vontade.

Não há identidade desse time com a torcida. Unanimidade são os dois goleiros: Ivan e Ygor Vinhas. Em contrapartida, Cajá e Roger vivem clima de amor e ódio com as arquibancadas. A zaga, que durante 2 anos, foi nosso “porto seguro” se tornou um “Deus nos acuda”. Acumula erros e mais erros.

Já a falta de vontade vem em decorrência da ausência de identidade. A impressão é que os Jogadores aguardam o encerramento de seus contratos…

Além disso tudo, existem os atritos intermináveis pelo poder nos bastidores. Carnielli sempre rompendo com seus pupilos. Rompeu com Della Volpe, Vanderlei Pereira e com Abdalla Junior.

Quem paga com isso? O clube! A torcida!

Excetuando-se o derbi e clássicos com os times da capital, a impressão que passa é que se os portões do Majestoso se abrirem sem custo de ingresso, não enchemos mais o estádio.

Qual o custo? Construção de uma Arena sem sentido. Se tivéssemos um CT digno, formando de 2 a 3 craques ao ano e que houvesse demanda para uma casa maior para acomodar melhor a torcida eu até entenderia. A questão é unicamente financeira. Assim como aconteceu com o outro time da cidade.  Só não enxerga quem não quer.

Vivemos de lampejos. Entra ano e sai ano.Uma hora na Série A e quase sempre na Série B.

Enquanto esse tipo de gente comandar a Macaca, vários “Felipes Moreira” serão alçados a postos que não têm a mínima capacidade de ocupar.

(André Goncalves-Especial para o Só Dérbi)