Análise Ponte Preta: a posse de Tiãozinho na presidência produz fardos e pesos na Ponte Preta. Eles vão desaparecer?

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Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, é o novo presidente da Ponte Preta. Já deu entrevista coletiva e fez alguns acenos. Prometeu que não irá retaliar a antiga gestão, assegurou a melhoria da infra-estrutura  da Ponte Preta e novos dias ao torcedor pontepretano.

Alguns fardos terão que ser colocados em suas costas neste início de gestão. Problemas produzidos apenas pelo seu gesto de sentar na cadeira.

O primeiro é o fato de apoiar Carnielli, que não teve qualquer boa vontade com a gestão de Abdalla. Passou dias e dias apontando erros nos bastidores. Agora, com alguém de sua preferência está no poder, tanto Carnielli como Tiãozinho terão que se desdobrar para colocar tudo em prática. Ou seja, time competitivo, estrutura azeitada e construção da arena. E tudo isso com pouco dinheiro. Quem aponta o erro, na hora que assume a lição precisa dar conta do recado.

O segundo fardo é em relação a pópria trajetória de Tiãozinho na  Ponte Preta. Na única vez em que mexeu com futebol profissional, há 12 anos, foi um retumbante fracasso.  Colheu um rebaixamento na Série A em 2006 e não deixou legado. Não podemos esquecer: na época, assumiu com a promessa de fazer uma gestão melhor que a do antecessor no cargo, Marco Antonio Eberlim. Não só ficou a léguas de distância da eficiência do antecessor como não acertou em nada na gestão.

Se não bastasse esse problema existe um outro. Talvez seja o mais grave de todos para uma parte da população: a sua ligação com partidos de esquerda. Ex-vereador e deputado estadual pelo PT, atualmente no PC do B, Tiãozinho atrairá uma rejeição natural em parte da torcida da Ponte Preta. Primeiro porque nunca escondeu suas ligações políticas e por vezes colocou até a Macaca no meio. Ou alguém esqueceu de eventos que foram planejados para serem realizados na Unidade Paineiras e com a participação de políticos de esquerda? Pois é.

Qualquer conselheiro ou associado da Macaca tem uma preocupação imediata: será que ocorrerá  aparelhamento dentro da estrutura da  Ponte Preta? Militantes serão arregimentados para o cotidiano do clube?  Isso é que ele deverá responder.

Porque é bom que se diga e que se faça justiça: a antiga gestão existiam eleitores simpáticos ao atual  Presidente da República e quando ocorreu um gestão de simpatia, que foi a entrega da camisa oficial do clube, a retaliação foi imediata. E nunca mais se viu nada parecido.

Que Tiãozinho seja avisado: qualquer gesto seu neste sentido terá uma repercussão negativa ainda pior.

O novo presidente pontepretano terá que quebrar barreiras e obstáculos. Alguns criados por ele e seu entorno. Se tudo der errado, que a culpa não seja terceirizada.

(análise de autoria de Elias Aredes Junior)