Se existe uma palavra que nunca sai de moda é incubadora. Trocando em miúdos, é o processo responsável por criar e desenvolver empresas ou qualquer produto. A função é apoiar nos seus primeiros anos de vida. Só existe um problema. Até pela própria natureza do processo, os frutos produzidos na maturidade ficam longe do local original. Os lucros são saboreados por outros.
Ler tal conceito não é difícil para chegar a conclusão sobre o papel da Ponte Preta no futebol brasileiro na atualidade. Ou seja, uma incubadora informal para os gigantes.
A receita resvala no macabro. O clube campineiro suporta os altos e baixos do atleta escolhido e em caso positivo vê os parceiros colherem os louros longe do estádio Moisés Lucarelli.
Caso a aposta fracasse, a Macaca ficou com todo o ônus dentro do gramado e o clube formador só terá a preocupação de enviar o seu jogador para outro clube ou simplesmente rescindir o contrato. Agora, se erros ocorrem no gramado todo o saldo fica na conta da Macaca.
Existem casos positivos e equívocos existem. Dou exemplo: Guilherme Guedes infelizmente ainda não mostrou potencial. Só que suas atuações ruins não prejudicam o seu clube formador, o Grêmio, e sim a “incubadora” do momento, no caso a Ponte Preta.
Fica a pergunta: o que acontece que a Ponte Preta não revela atletas de capacidade, no mínimo, igual aos escolhidos para defender a Macaca? O que acontece para a Alvinegra ser incapaz de revelar atletas?
Que em 2020 a Ponte Preta saiba caminhar com as próprias pernas. E não depende da boa vontade dos outros para contar com atletas que posteriormente nunca trarão frutos aos cofres da Alvinegra campineira.
(Elias Aredes Junior)