O Brasil tem 100 mil idosos que residem em abrigos, sejam estes privados ou com ajuda de estados e municípios. Campinas não deve ter um número pequeno. São pessoas que dedicaram sua vida na construção de um país melhor e são abandonados por parentes e amigos. Em outras oportunidades decidem utilizar tais espaços por conta própria para que fiquem melhor assistidos.
A solidão é erva daninha da alma e que gera outros males como a depressão. De acordo com dados de instituições públicas e privadas, 30% dos moradores em instituições de longa permanência desenvolvem a doença. Ou seja, qualquer atitude que amenize este quadro pode e deve ser bem vindo.
Exemplo positivo foi dado pelo trabalho “Bugrinas em Ação”, que conta com torcedoras de diversos perfis sociais e que fazem um trabalho de assistência social. Foi desenvolvido um projeto de apadrinhamento de idosos e no último dia 18 foi realizada a entrega de presentes a essas pessoas, viabilizada graças as pessoas que participam do projeto.
Um caso chamou atenção. Um senhor, chamado Mauricio, de 82 anos, pediu como presente uma camisa da Ponte Preta. Pedido feito e realizado. E com o devido registro nas redes sociais. Rivalidade deixada de lado em nome de bem maior.
Este Só Dérbi já enumerou diversas ações feitas por Torcedores comuns ou torcidas organizadas e que demonstram a força mobilizadora do futebol. Que perde relevância quando a elitização ocorre nas arquibancadas.
O projeto “Bugrinas em Ação” comprova por A mais B que analisar o futebol em cima de slogans e frases feitas é um equivoco. Futebol não é somente entretenimento. Futebol no Brasil explica as características do seu povo e fazer uma mudança de patamar.
Cabe a pergunta: o que precisa acontecer para que os clubes de Campinas imitarem o Bahia e instalarem um núcleo de ações afirmativas? O Bugrinas em Ação já deu o caminho. Basta seguir.
(Elias Aredes Junior)