Ponte Preta 2 x 3 Santo André: o treinador pediu. Reforços vieram. E o futebol? Quando vai aparecer?

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Erros na parte técnica, posicionamento tático equivocado e escalações sem justificativa foram os ingredientes presentes na derrota da Ponte Preta para o Santo André por 3 a 2 em jogo realizado nesta quinta-feira no estádio Moisés Lucarelli e válido pelo Campeonato Paulista. A reabilitação será buscada no domingo, ás 16 horas, contra o Botafogo de Ribeirão Preto, na casa do adversário.

Os 90 minutos transcorridos no estádio Moisés Lucarelli se constituíram na prova cabal de que o futebol vai muito além das quatro linhas. Culpar as escolhas e o posicionamento adotado pela equipe titular é muito raso. O resultado e o tropeço no Majestoso é o reflexo direto de um sistema truncado, fora de ordem, sem nexo. Que mais atrapalha do que ajuda.

Dentro do campo, o roteiro de sempre: espaçamento entre as linhas, jogadores abertos em excesso e um espaço para o adversário trabalhar.

Como no ano passado, um lampejo daqui, uma jogadora diferenciada dali e o gol que surge fruto de erros adversários. Foi isso que proporcionou o pênalti batido por Roger. Nem deu para comemorar.

Escalado como novidade, o zagueiro Cleber atrapalhou-se em uma disputa de bola e provocou o pênalti convertido por Ronaldo. Empate com sabor. E com a sensação de que nada mudou. Apesar das estreias de seis estreias no time titular.

A etapa final não foi renovação de esperança e sim de sofrimento. Falta de penetração ou de tramas alternativas fizeram com que o time ficasse preso, travado e sem imaginação. O jeito era contar com a força física de Jeferson, que foi a linha de fundo e levantou para a cabeçada de Bruno Rodrigues, o que provocou defesa de Fernando Henrique.

Soluções? Nada dos novatos Mateus Anderson e do recém promovido João Veras. A saída foi com Felipe Saraiva. Não deu certo e o revés surgiu quando menos se esperava, em contra-ataque de Douglas Baggio e completado por Branquinho. Na sequência,  João Paulo levantou na sequência e Trevisan desviou para as redes.

O empate parecia sacramentado. Mas a Macaca errava demais e tomou o terceiro de Douglas Baggio. Derrota nos 90 minutos iniciais do ano.

Equívocos de Gilson Kleina ou falhas dos jogadores não escondem alguns questionamentos: as falhas de posicionamento não foram verificadas nos treinamentos? Os responsáveis pelo departamento não cobraram ou discutiram com a comissão técnica? O desempenho da primeira rodada mostra que as conversas, trocas de ideias e os treinamentos precisam ser intensificados. Treino secreto não resolve quando o bom elenco não é aproveitado. É preciso reagir. Antes que seja tarde. E não venham dizer que é cedo para cobrar por ser a primeira rodada. Campeonato de tiro curto não abre espaço para vacilos.

A Ponte Preta jogou com: Ygor Vinhas; Jeferson, Cleber, Trevisan e Guilherme Lazaroni; Camilo (Vinicius Zanocello), Bruno Reis e João Paulo; Apodi (Mateus Anderson), Roger e Bruno Rodrigues (Felipe Saraiva). (crônica de autoria de Elias Aredes e foto de Álvaro Junior\Pontepress)