Em um texto de apenas cinco linhas, a Federação Paulista de Futebol comunicou a diretoria do Guarani nesta quarta-feira, dia 12, que não há possibilidade de mudança de data para o derbi programado para o dia 16 de março, às 20 horas, no estádio Brinco de Ouro. O texto leva a diversas conclusões.
A primeira é que ao dizer a importância do confronto para o Grupo Globo, a Federação demonstra que existe apelo comercial e de audiência para o jogo. Se pensarmos que o derbi não acontece em Campeonato Brasileiro desde 2004, podemos intuir que o clássico tem um apelo ou chamariz que por vezes a própria cidade de Campinas desconhece.
O lado negativo não pode ser desprezado. A resposta responsável pela decepção comprova que realmente o trabalho de bastidores do futebol de Campinas e especificamente do Guarani é incipiente.
Quantas e quantas vezes observamos nas décadas de 1970, 1980 e 1990 o Guarani conseguir diversos pleitos apenas pela capacidade de negociação dos dirigentes. Hoje é tudo passado.
Basta dizer que José Luis Lourencetti, considerado um dos piores presidentes da história do clube, obteve a inclusão no Clube dos 13. E Beto Zini viabilizou jogo amistoso da Seleção Brasileira em 1990.
Não é o caso de crucificar o presidente Ricardo Moisés. Longe disso. Fez o certo ao atender ao clamor do torcedor. Só que ainda existe um longo caminho para o Guarani retomar o protagonismo de antigamente no futebol brasileiro. Mãos à obra.
(Elias Aredes Junior- foto David Oliveira- Guaranipress)