Na entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, dia 24, no estádio Moisés Lucarelli, o técnico João Brigatti começou com o pé direito em relação as palavras. Soube fazer o diagnóstico correto daquilo que deve ser feito para a Ponte Preta .
Teve o diagnóstico preciso ao perceber que a Macaca vive um período de baixo astral, detonado a partir das redes sociais. E que é preciso incutir uma áurea otimista e isso só é possível com a presença do torcedor. “Vocês podem ter a certeza de uma coisa, a gente está passando por um momento muito difícil, [mas] nós vamos sair. Nós precisamos do apoio do torcedor. Nós vamos sair desse momento e nós vamos entrar muito forte no Brasileiro. Aqui todos nós queremos o acesso à Série A. O lugar da Ponte Preta é a Série A do Brasileiro. E é em cima disso que a gente vai trabalhar, nós vamos buscar isso”, disse.
Em determinados instantes, é essencial contar com pessoas com o perfil do Brigatti. Gente disposta a abraçar o pensamento positivo, quebrar paradigmas e viabilizar mudança de postura e de entendimento. As palavras tem poder enorme. Como já disse uma vez o ex-ministro Delfim Neto: “De tanto você falar que o quadro é bom, uma hora ele vira realidade”. Bingo. Na mosca.
João Brigatti será cobrado e analisado por seu trabalho. Certamente ninguém dará folga. Vão querer resultados imediatos. Só que boa parte da crise técnica pontepretana tem um componente emocional.
O torcedor encontra-se frustrado. As contratações enunciavam novos tempos. Nada disso aconteceu. Existe no ar um sentimento de que todos enxugam gelo. Ou seja, não chegam a lugar nenhum. Com sua energia, Brigatti poderá construir um clima favorável para uma mudança de parâmetro.
Além disso, qual outra personalidade teria moral para fazer isso na Macaca na atualidade? Gustavo Bueno? Tiãozinho? Vanderlei Pereira? Sérgio Carnielli? Esqueçam. Esses parte relevante da torcida tem um tratamento de tolerância, jamais de carinho.
João Brigatti é diferente. Sabe do capital que tem á disposição. E para o começo gastou de modo correto. Que o trabalho no gramado corresponda as expectativas.
(Elias Aredes Junior)
Confira abaixo a entrevista coletiva: