Independentemente do que acontecer na noite desta segunda-feira, dia 09, no estádio Moisés Lucarelli é unânime o diagnóstico: a Ponte Preta vive clima de baixa astral. O fantasma do rebaixamento quer dar as caras. A impressão não será apagada nem se a classificação for obtida.
Vou além: nem se a Alvinegra campineira alcançar as quartas de final ou semifinais. Para chegar neste roteiro macabro erros foram cometidos. E seria bom recordá-los. Até para que não se repitam. Nunca mais.
O primeiro diz respeito ao colegiado do futebol. Alertamos em artigos anteriores de que o resultado seria incerto. Existe uma convicção: o fracasso é retumbante. Sérgio Carnielli, Vanderlei Pereira, Sebastião Arcanjo, Gustavo Bueno, Fábio Abdalla não mostraram nada de novo em termos de gestão. Pior: não apareceram nos instantes delicados do elenco no Paulistão. Um trabalho conjunto caracterizado pela superficialidade.
Outra decisão que não dá para entender foi a manutenção de Gilson Kleina. Primeiro porque seu trabalho já tinha desejado a desejar na Série B do ano passado. A incompreensão chegou as raias da loucura quando percebe-se que Kleina teve sua presença assegurada e com contrato até abril. Ou seja, só até o Campeonato Paulista. Sendo que a meta principal é ficar entre os quatro primeiros na Série B. Resumo: não tinha como dar certo. Como não deu.
Procurar inimigos em cada esquina é uma falha comportamental. Das grossas. Especialmente quando buscam culpabilizar os setoristas que cobrem o dia a dia do clube. Que já tem seu trabalho dificultado pelo fechamento dos treinos e por vezes a ausência de informações por parte dos dirigentes. Detalhe: a assessoria de imprensa faz o que pode. Também é vitima de quem está no comando.
Basta relembrar a postura ridícula de levar os jogadores ao vestiário logo após a classificação na Copa do Brasil. Na ocasião, assessoria de imprensa afirmou que a pressa foi justificada porque muitos tinham compromissos. Este jornalista apurou que o motivo foi outro: um integrante do departamento de futebol profissional (e não foi Gustavo Bueno) deu a ordem para prejudicar o trabalho dos jornalistas. Rídiculo.
Na questão do gramado, dois equívocos saltam aos olhos. O inicial é a dificuldade para encontrar um posicionamento ideal para o armador João Paulo. Talento desperdiçado. Reconhecido pela própria torcida. Tomara que Brigatti ache o caminho.
Na lateral esquerda dá para afirmar: Gustavo Bueno errou feio. Lazaroni e Ygor são esforçados, dedicados, mas a limitação técnica salta aos olhos. Dificil acreditar de que podem fazer a diferença na Série B. Já não fazem no Paulistão.
Poderia citar outros erros, mas antes da bola rolar no Majestoso, algo dá para dizer: muita coisa precisa mudar no futebol profissional da Ponte Preta. Urgente. Antes que seja tarde.
(Elias Aredes Junior- foto de Álvaro Junior-Pontepress)