Ponte Preta e melhoria da infra-estrutura: uma novela que não tem fim

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Gustavo Bueno disse muitas coisas importantes na live transmitida na segunda-feira na página do Só Dérbi no Facebook. Mas teve uma que chamou atenção. Foi quando ele concordou com a critica feita pelo ex-tecnico Gilson Kleina sobre a debilidade da estrutura da Ponte Preta.

Bueno assegura que ocorreu melhora nas instalações do Centro de Treinamento do Jardim Eulina mas ainda encontra-se defasada em relação a 10 ou 12 clubes que disputam a Série B do Campeonato Brasileiro, como CRB e até do Criciuma, hoje na terceira divisão.

Para amenizar o quadro, o atual executivo de futebol afirmou de que é possível formar times competitivos, apesar de tais obstáculos. Entendo a posição dele. No entanto, suas frases são apenas uma formulação de defesa. E para proteger os principais culpados.

Quais? Todos aqueles que passaram pela presidência da executiva da Ponte Preta desde 1997. A saber: Sérgio Carnielli, Márcio Della Volpe, Vanderlei Pereira e José Armando Abdalla Junior.

Ninguém aqui considera salutar deixar o futebol em quarta ou quinto plano e apostar apenas em estruturas de concreto. Não é isso.

Deve-se exigir que o gestor tenha sabedoria para entender a conjuntura em que vive. Desde 1997, a Macaca disputou por diversas vezes o Brasileirão, Copa do Brasil, Paulistão, Sul-Americana e teve acesso a recursos que poucos clubes de médio e pequeno porte podem se vangloriar.

Impossível que neste período não tenham tido a oportunidade de separar uma quantia de dinheiro suficiente para completar um terreno e construir um Centro de Treinamento condizente com a história da agremiação. A Macaca ficou anos e anos no aguardo da liberação de um terreno em Sumaré para construir um CT para base e para ser utilizado pelos profissionais. Ficou apenas na promessa.

Boa estrutura não ganha jogo. É verdade. Mas auxilia no encurtamento do período de tratamento de lesões; faz o clube economizar com hotelaria; dá condição ao treinador de contar com atletas sem ficar preocupado com risco de lesões em virtude do péssimo estado do gramado usado para os treinamentos. Ou seja, faz a separação de um trabalho de excelência e outro que vai depender da competência associada ao acaso.

Bom gestor não é aquele que pensa apenas no curto prazo. Ou seja, montar bons times e viabilizar vitórias. Ele precisa, antes de tudo, vislumbrar o futuro. E trabalhar. Isso infelizmente não se verifica na Macaca. Uma pena.

(Elias Aredes Junior)