Torcedores bugrinos participantes do movimento antifascista encontram resistências nas redes sociais. Muitos torcedores torcem o nariz. Afirmam que não querem ver o futebol misturado com política. Sério, sou solidário a essas pessoas diante de tanto desconhecimento. Eles se portam como se o futebol fosse um mundo à parte da vida em sociedade. Não é.
Para começo de conversa, uma boa definição do que é política dada pelo site educacional Brasil Escola, hospedado no Uol. “A política é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida”. Isso vale para educação, saúde e a maneira como se vislumbra e enxerga o lazer. Leia-se futebol.
E nem no cotidiano do clube pode-se esquecer da política. Quando o Guarani viu a Maxxion praticamente arrematar o estádio Brinco de Ouro, o então presidente Horley Senna teve a postura POLITICA de encarar a situação e conversar com a juíza Ana Cláudia Torres Viana para demovê-la da decisão. Conseguiu. Foi ou não foi uma ação política?
Quando Roberto Graziano arremata o imóvel, ele precisa cumprir uma série de trâmites e atos burocráticos para regularizar o terreno e viabilizar as obras. E com quem ele faz isso? Com a Prefeitura Municipal de Campinas. E conversar com estas autoridades não é um ato político? Sim, é.
Quando o Conselho de Administração decide trabalhar com empresário X ao invés de Y não é apenas uma resolução administração, mas também política, porque é mais um ponto de sua diretriz para organizar sua vida esportiva.
Ao invés de reclamar dos torcedores que tomaram um lado na vida nacional, aconselho que respeitem tais comportamentos e entendam que estamos em uma democracia. Um sistema que nos faz entender que futebol vai muito além das quatro linhas. Só não vê quem não quer.
(Elias Aredes Junior)