Tomo conhecimento de que torcedores pontepretanos encontram resistência nas redes sociais a respeito da publicação de memes e símbolos que remetem ao movimento antifascista iniciado domingo pelas torcidas dos gigantes paulistas.
Afirmam que não é de bom tom misturar futebol com política. Já afirmamos neste espaço que as instituições em não devem tomar posição para lado A ou B. No entanto, fica evidente a impossibilidade de evitar que os dois assuntos se entrelacem em diversos instantes.
Sérgio Carnielli quer construir Arena? Pois saibam que foi preciso modificar a área de zoneamento do plano diretor do Jardim Eulina e cumprir uma série de requisitos. E como se faz isso? Com política. Em conversa com os vereadores para que eles aprovem os projetos.
Você sabia que dia de jogo no Majestoso envolve política? Afinal, para o jogo ser realizado e ruas serem fechadas é preciso entendimento e bom relacionamento com as autoridades públicas. É isso é o que? Eu respondo: política!
Quando a diretoria executiva foca no Sócio Torcedor e deixa de vender ingressos avulsos, isso não é apenas uma decisão comercial, mas também também. Você escolhe um público em detrimento de outro.
Mostrar indignação (justa e necessária) contra o racismo é um ato político. E humanitário. Quando a Ponte Preta tem a coragem de adotar a Macaca como seu símbolo é uma resposta política aquilo que faziam com seus torcedores nas caravanas.
As pessoas com receio da interferência da política no futebol infelizmente desconhecem a importância do esporte no Brasil na formação do nosso país e de seu povo. Querer viver em uma bolha apenas atrapalha na construção de um processo saudável de cidadania.
Você é de direita? De esquerda? Liberal? Conservador? Isso interfere no modo que você o futebol.
Para que ninguém tenha dúvida termino este texto com uma definição encontrada no site do Brasil Escola, um site educacional e dá a seguinte definição para política. “A política é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida.”. Em resumo: não tente impedir um vendaval com um sopro. Não dará certo.
(Elias Aredes Junior)
Quem participa de manifestações nas ruas ou nas redes têm de fazer isso em seu próprio nome, e não em nome do seu time. Afinal, há em qualquer torcida bolsonaristas e lulistas, direitistas e esquerdistas. Ao usar um símbolo de um clube, está desrespeitando um torcedor do seu próprio clube que pensa diferente.
Eric mandou muito bom. Concordo 100% com ele.