Uma reunião com o prefeito de Campinas e a constatação: não se fazem mais dirigentes no futebol local como antigamente

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O prefeito Jonas Donizete tomou a sua decisão. Apesar dos documentos em mãos decidiu adiar por mais uma semana a liberação dos treinamentos de Ponte Preta e Guarani. Sebastião Arcanjo e Ricardo Moisés ficaram a ver navios. Não tiveram seus pedidos atendidos.

Ao ler as reportagens alusivas ao tema só pude pensar em um conceito: não é possível pedir de quem pode doar pouco.

O mandatário do Palácio dos Jequitibás teve sua missão facilitada principalmente pela atual estatura administrativa e política dos dirigentes do futebol campineiro.

Faça uma viagem no tempo. Lembre quando a Ponte Preta tinha no comando nomes como Sérgio Abdalla, Marcos Garcia Costa, Peri Chaib, Lauro Moraes, Edson Aggio e até nomes mais recentes como Marco Antonio Eberlim. Não eram apenas representantes do clube. Eram pessoas preparadas, com argumentos, contatos, força política e dotadas de uma influência positiva. Ou seja, tinham poder de convencimento. Eram ouvidos. E atendidos.

Idêntico conceito aplica-se ao Guarani. Ricardo Chuffi, Michel Abib, Leonel Martins de Oliveira (sim, suas gestões na década de 1970 eram marcantes), Antonio Tavares, Luiz Roberto Zini. O gramado refletia o trabalho de excelência que desenvolviam nos gabinetes. Logo, eram respeitados. E dificilmente ouviam uma resposta negativa. Por que? Tinham história, lastro, trajetória e resultados no gramado.

Hoje, temos dois clubes endividados, com dirigentes sem criatividade e resultados medíocres que provocam jubilo e festa. Ou seja, não tem a força de antigamente e com isso não conseguem fazer valer as suas vontades.

Os tigres não rugem mais. Uma pena.

(Elias Aredes Junior)