Calendário da CBF massacra os gigantes e deixa médios e pequenos na dependência. Até quando?

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Tudo gira em torno da política no futebol. Rodrigo Mattos, do UOL, explicou em seu blog que o calendário apresentado pela CBF na quarta-feira teve o dedo das Federações, que fizeram com que ocorresse a manutenção das 16 datas e assim fizessem com que as competições fossem realizadas a partir do dia 28 de fevereiro. Detalhe: o Brasileirão termina no dia 24. A Série B será encerrada no final de janeiro.

Os gigantes vão reclamar e detonar. Por um motivo: não haverá tempo de recuperação entre uma competição e outra. E dá-lhe time reserva. Qualidade vai para o espaço.

Em contrapartida, equipes como Ponte Preta, Guarani, Oeste e Botafogo devem optar pelo silêncio. Motivo: a cota do Campeonato Estadual é vital para suas sobrevivências. Só para recordar: para atuar em 16 partidas, os clubes levam R$ 6 milhões e na Série B, por 38 rodadas, abocanham R$ R$ 8 milhões na média. Um absurdo.

Seria o instante adequado para a fomento de um grupo de clubes da Série B, algo buscado pelo América Mineiro. No que está certíssimo.

Vamos raciocinar: se a segundona nacional tivesse um valor de R$ 400 milhões (20 milhões para cada um) será que os clubes médios e pequenos teriam necessidade de buscar os recursos dos torneios estaduais? Não ignoro o atual quadro econômico recessivo. Não é algo para curto prazo.

Mas uma hora a economia irá reagir. E o que farão os clubes fora do pelotão dos gigantes? Vão aceitar passivos o quadro e a situação? Vão viver eternamente de migalhas?

Reunir para buscar novas formas de promover o campeonato seria uma bela saída. O que não dá é achar que ser massacrado pelo calendário é algo normal. Não é.

(Elias Aredes Junior)