Uma equipe de médio deve valorizar as categorias de base, correto!? Em Campinas o conceito não vale muito. Na Ponte Preta, o quadro fica dramático. Exemplo disso é a história do zagueiro Vinicius Milano, que poderia ser uma revelação e um trunfo até para os profissionais da Ponte Preta nos dias atuais e que no último domingo fez parte do banco de reservas do Flamengo no confronto com o Palmeiras e ficou no placar de 1 a 1.
Vinicius Milani começou sua trajetória no Amparo e após ser descoberto por alguns olheiros foi encaminhado para a Macaca e por onde permaneceu até o ano passado, quando foi dispensado. A reportagem do Só Dérbi apurou que os critérios não foram explicitados aos responsáveis pela carreira do atleta.
Ato contínuo, o jogador atuou pela Copa São Paulo pelo Real Brasilia e chamou atenção do rubro negro. Ali, Vinicius Milani chegou na condição de emprestado para o Sub-20 e agora aterrissou para socorrer o departamento de futebol profissional que foi acometido pelo surto de Covid-19.
Entramos em contato com as categorias de base da Macaca mas até o fechamento da matéria não tivemos o retorno. Assim que a resposta for enviada, o texto será atualizado.
Mas algo dá para dizer: o que faz a Macaca perder um talento de 19 anos que, na pior das hipóteses poderia fazer parte do elenco profissional e fazer o time economizar em sua folha de pagamento? Atualmente, apenas o zagueiro Léo está integrado ao profissional e foi revelado pelas categorias de base.
Ninguém aqui recrimina os comandantes responsáveis pelas equipes menores. Pelo contrário. Sabemos que são pessoas que trabalham por amor ao clube e lutam dia após dia para que os critérios de apuração e captação sejam os mais precisos. Mas um caso como esse de Vinicius Milani demonstra que o filtro para captação e dispensa de atletas pode ser apurado e modificado. E evitar em longo prazo que a torcida sofra aquilo pelo qual passa na Série B do Brasileirão com sua defesa.
(Elias Aredes Junior)