Escuto aqui e ali de torcedores e formadores de opinião pública que a Ponte Preta conseguiu evolução sobre o comando de Fábio Moreno. Se analisarmos na perspectiva do que foi a gestão de Marcelo Oliveira e de Gilson Kleina, não há duvida. Se você sai de um patamar nivel 1 e vai para o 4, existe crescimento. Mas não é o ideal.
Hoje a Macaca defende melhor e nos jogos contra Juventude e Guarani apresentou um plano de jogo. Existia o começo, o meio era capenga e o fim dependia de individualidades. Se a Macaca fosse uma casa não há como negar que Fábio Moreno ergueu as paredes . Uma evolução tremenda para quem sequer viabilizou o alicerce. Não tem acabamento. Tem muito para caminhar.
Porque definir o caminho de defender não termina o assunto.
É preciso construir conceitos como saída de bola, cobertura, a capacidade de marcar na bola parada e também buscar variações quando as jogadas de contra-ataque treinadas e ensaiadas não surtem efeito no jogo.
Verifica-se que Fábio Moreno ainda encontra-se em estágio inicial. Apesar de que ele não esconde sua satisfação sobre aquilo que viu no gramado: “É uma pena que a gente não pode disponibilizar os treinos. Com certeza se vocês vissem o que foi planejado, a nossa programação, viria que foi executado quase à perfeição. Não foi melhor porque a gente teve as bolas do jogo e não foi feliz na finalização”, afirmou.
Fato que a Ponte Preta vive um instante singular.
Paga o preço por um trabalho errático durante o ano em virtude dos trabalhos decepcionantes de Gilson Kleina e Marcelo Oliveira. João Brigatti foi um pouco melhor? Concordo. Mas foi insuficiente na hora da oscilação.
Só que pense que o comandante atual é o mesmo que, enquanto coordenador de futebol deu aval para aos mesmos profissionais que fracassaram. Ou seja, se a “casa” está sem telhado ele também tem boa parcela de culpa. Que ele descubra o puxadinho. Antes que seja vitimado por um alagamento.
(Elias Aredes Junior foto de Álvaro Junior-ponte press)