Jefferson é um operário. Dedicado, esforçado, focado. Humilde. Discreto em boa parte do tempo. Na atual edição da Série B, foi o artista principal da 33ª rodada após marcar três gols diante da Chapecoense, no sábado, no Arena Bike, em Ribeirão Preto.
Está emprestado junto pela Ponte Preta até fevereiro. Aos 24 anos, já fez 23 jogos pela Pantera nesta Série B, em algumas oportunidades no meio-campo e em outras na lateral direita. Não é um astro da bola. Longe disso. É um atleta que quando bem aproveitado pode colaborar para a construção de um elenco homogêneo.
Eis que após fazer três gols sobre a Chape, Jefferson virou um gênio para muitos torcedores da Ponte Preta. O “injustiçado”, aquele que poderia contribuir mais, que poderia ser emprestado.
A afobação é exacerbada. Primeiro que no seu tempo de Majestoso Jefferson era elogiado por seu poder de marcação mas deixava muito a desejar na questão do apoio ao ataque.
Melhorou? Sim. As criticas eram justas. Mais: o lateral está inserido em um elenco que luta contra o rebaixamento. Não mostrou boa qualidade técnica até agora. O placar contra a Chape não pode tirar de vista a perspectiva de que ele também está integrado ao processo, mesmo que esteja em boa fase. E não dá para aceitar de modo natural as reivindicações para que ele estivesse na Série B no Majestoso. Com essa bagunça no comando do futebol e a troca constante de treinadores, ele seria apenas mais um a ser engolfado por essa maquina de incompetência.
Então calma lá. Não seja afobado. E analise futebol como ele realmente é. Sem fantasias.
(Elias Aredes Junior)