Davó e a demora do Guarani em promover mudanças óbvias e necessárias

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Após o bom segundo tempo diante do Operário-PR, o marasmo retornou e as reclamações voltaram direcionadas ao atacante Davó. Seu desempenho é contestado. Diante do Coritiba não foi diferente. Cada jogo teve um roteiro diferente.

No dérbi, o atleta esteve mal tecnicamente e exibiu luta. Contra o Remo, o jogador perdeu gols e contra o Coritiba o atleta quase não foi percebido. Merece as criticas? Sim e não.

Concordo que, no geral, o desempenho de Davó não arranca suspiros. Um gol aqui e ali e nada de empolgar. Não se pode fugir da constatação de que Davó paga o preço por um planejamento errático no setor ofensivo.

Não se esqueça: no Paulistão, Davó desembarcou para atenuar o drama de uma equipe com bom trabalho pelos lados e que não tinha um atacante para completar para as redes. E lá veio Davó quebrar um galho.

Com Lucão do Break a expectativa era de que tudo seria resolvido. Bastava colocar o garoto de segundo atacante e com o camisa 99 ao lado não existiria duvidas de dias melhores. Mas eis que Júlio César e Bruno Sávio demonstram espirito coletivo, ajudam na marcação e o técnico bloqueia um processo de transição que seria normal. E Davó paga o preço.

É, o Guarani é o clássico cobertor curto. Resta saber se cairá na armadilha de colocar o cobertor na barriga e deixar a cabeça e os pés descobertos.

(Elias Aredes Junior-foto Rogério Capela-GuaraniFC-divulgação)