Ao serem indagados sobre o processo eleitoral marcado para novembro, os integrantes da Chapa DNA Pontepretano afirmam aos torcedores nas redes sociais que se constituem em um grupo de oposição. Motivo: não há nenhum integrante das diretorias formadas pelos os últimos presidentes que ocuparam o comando da diretoria executiva, José Armando Abdalla Junior e Sebastião Arcanjo.
A afirmação pode ser verdadeira sob o ponto de vista da retórica ou do presente. O passado afirma com todas as letras que boa parte dos integrantes da chapa estão inseridos no passado como situação.
Na primeira década deste século, o rebaixamento em 2006 teve o comando de Sérgio Carnielli. É verdade que a queda de 2013 está sob a responsabilidade de Márcio Della Volpe. Só que também é verdade que em 2017 o time caiu sob o comando de Vanderlei Pereira, aliado de Carnielli, e com o maior orçamento da história do clube.
Vou repetir: maior orçamento da história do clube.
Se as outras equipes tinham orçamento maior era consequência de outros fatores. Então, não há como tirar a responsabilidade. Existia possibilidade de fazer um trabalho melhor e nada foi feito.
Tomei conhecimento da presença de pessoas novas que estão inseridas na chapa. Porém, a assinatura de dois dos três coordenadores (Eduardo Lacerda e Giovanni Di Marzio) demonstra ligação com gestões anteriores. cujo fruto foi o rebaixamento em 2017. Adendo: em relação a 2017, Eduardo Lacerda não tem qualquer ligação com a campanha, já que na ocasião em razão de compromissos profissionais (foi transferido pela CocaCola Femsa para o México), Eduardo Lacerda se desvinculou da Ponte Preta em março/2017, antes até mesmo da final do Campeonato Paulista daquele ano. O executivo voltou a morar no Brasil somente no final de 2019
Se hoje o torcedor sofre na Série B é responsabilidade direta das decisões tomadas naquele fatídico ano. O preço é pago pela Ponte Preta até a atualidade.
Mais: acredito no rompimento deste grupo tanto com José Armando Abdalla Junior como com Sebastião Arcanjo. Por outro lado, é evidente que se a atual diretoria esta aí é por obra e graça daqueles que apoiaram Abdalla e Tiãozinho na assembleia responsável pela escolha da diretoria. Inclusive Sérgio Carnielli, que concedeu apoio aos dirigentes.
Resumo da ópera: hoje até é oposição. No passado, o carimbo de situação está cravado com letras fortes. E teve protagonismo no desastre do Brasileirão de 2017. Que a devida autocritica seja feita.
(Elias Aredes Junior-com foto de Pontepress-Divulgação)