De quem é a culpa pela atual situação da Ponte Preta? Os conselheiros precisam buscar a resposta

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Na sua primeira reunião do Conselho Deliberativo como presidente empossado e ratificado da Ponte Preta, Marco Antonio Eberlin anunciou que o total de dívidas de curto prazo encontra-se na ordem de R$ 16 milhões.

Lógico, por enquanto não entrou em choque com absolutamente ninguém. Não quis culpar nenhuma das gestões anteriores. Mas nós, cronistas esportivos, temos a obrigação de perguntar: de quem é a culpa pela Ponte Preta ter alcançado estágio tão caótico em suas finanças?

Convenhamos, culpar a atual administração que está a uma semana no cargo é delírio oposicionista. Se esta administração acumular dividas e adotar gestão temerária será cobrada de maneira veemente. Não é o caso neste momento.

Por outro lado é o caso de perguntar aos conselheiros: como permitiram o quadro chegar a tal estágio? O que explica os presidentes anteriores que ocuparam o cargo não terem sido cobrados e indagados por suas decisões financeiras? Repito: o que justifica recusar-se a pensar no amanhã? Inconsequência? Medo da torcida? Recusa em adotar austeridade? Eu quero entender mas não consigo.

Um ponto, no entanto, é fundamental: nos últimos anos, a Ponte Preta pensou somente em homens, nunca na instituição. Tivemos torcedores de dirigentes e não homens e mulheres de arquibancada. Aplausos inconsequentes enquanto o clube era arrebentado.

A fatura chegou. Infelizmente. Pior: de maneira covarde, aqueles que cultuam homens e não o clube, desapareceram das redes sociais e do espaços de discussão. Sumiram e de modo estratégico: Eles sabem que tem culpa no cartório. Avalizaram o caos instalado. Triste, mas é a verdade. Que a reconstrução comece.

(Elias Aredes Junior- com foto de Divulgação)