Guarani 0 x 0 Sport: no papel tudo é bonito; na prática, o “motor” ofensivo está travado

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Ao observar o Guarani no empate por 0 a 0 com o Sport na noite deste sábado no estádio Brinco de Ouro, em jogo válido pela segunda rodada da Série B do Campeonato Brasileiro fui obrigado a recordar dos ritos de apresentação dos carros de fórmula.

Sim, depois de encerrada a temporada, ficamos na expectativa a respeito da divulgação dos carros e seus novos modelos. Aquela foto bonita, imponente, que faz até ofuscar os olhos. Os treinos realizados em clima quase secreto e posteriormente o inicio das provas. Quando os carros ficam nos últimos lugares do grid, todo aquele cerimonial não vale nada. Perda de tempo.

É o mesmo caso do Guarani. Contratações foram feitas, o Superintendente Executivo de Futebol, Michel Alves, fez mil e uma promessas assim como o presidente Ricardo Moisés. Sem contar os reforços anunciados com pompa a circunstância nas redes sociais, com arte estilizada e tudo aquilo que está no script.

Pelos 180 minutos iniciais, pode jogar todo o ritual na lixeira. O “motor” empacou. Contra o Sport, não podemos ignorar que entrou em campo um time e com uma metodologia de trabalho clara. Mas pecou no principal: na criação de jogadas. Poucas oportunidades claras de gol. Inspiração apenas em Giovanni Augusto e lampejos de Rodrigo Andrade. E de quebra levou perigo nos contra-ataques.

Se fosse na Fórmula 01, a culpa cairia em cima do projetista e dos mecânicos. Afinal, eles são os responsáveis. Nas próximas horas, certamente o “piloto” Daniel Paulista será crucificado e criticado. E tem uma parte da responsabilidade, especialmente por tirar Julio César, um dos melhores do gramado.

Uma pena que na Série B, o torcedor do Guarani não pense como ferrarista ou um torcedor da Mercedes. Neste caso, certamente o “projetista” do elenco teria muito a explicar.

(Elias Aredes Junior-Foto de Lucas Almeida-Especial para o -Guarani F.C)