Análise: Ponte Preta, Osasco Audax, Mário Ponte Preta e uma vitória política cheia de simbolismos

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Marco Antonio Eberlin tem um débito com a torcida da Ponte Preta, que é o rebaixamento á Série A-2 do Campeonato Paulista. Ele deve saber que a Série B do Campeonato Brasileiro é fundamental para a construção de um clima estável na Macaca em médio e longo prazo. Caso contrário, a tormenta estará no horizonte.

Isso não quer dizer que vamos fechar os olhos para os seus movimentos e atitudes. Que ninguém se iluda: o convênio com o Osasco Audax para a disputa do Campeonato Brasileiro de Aspirantes é, antes de tudo, uma vitória política de grandes dimensões para a atual Diretoria Executiva. Mesmo que a relação entre os dois clubes fique apenas neste estágio.

Explico: o Osasco Audax é controlado por Mário Teixeira, mais conhecido por Mário Ponte Preta. Homem bem sucedido no mundo do mercado financeiro, o empresário foi objeto de cobiça por parte da torcida e do antigo grupo político por vários anos para que ocupasse um lugar de destaque no dia a dia pontepretano. E que investisse. Perceba: isso nunca se concretizou.

O grupo político anterior, personificado na atualidade chapa DNA Pontepretano, tentou de tudo dentro da legalidade. Inclusive com a apresentação do projeto de construção da Arena do Jardim Eulina. Educado, gentil e cavalheiro, Mário Teixeira nunca destratou estas investidas, mas jamais inseriu-se para valer na vida política pontepretana, cujo grupo político gerou os três últimos presidentes, no caso Vanderlei Pereira, José Armando Abdalla Junior e Sebastião Arcanjo. Os dois últimos, aliás, posteriormente anunciaram rompimento com tal conjunto de pessoas. Mas chegaram lá graças a esse conjunto de conselheiros e dirigentes.

Pois em uma tacada só a atual diretoria firmou o convênio com o clube controlado por Mário Ponte Preta e viabilizou a ficha de adesão do filho Gustavo Teixeira a Macaca.

Pode ficar apenas no convênio para o Brasileirão de aspirantes. Mas dentro desta batalha política em que virou a Ponte Preta – cuja a principal prejudicada é a própria instituição – a atual diretoria teve, sob o ponto de vista simbólico, uma vitória política importante. Vamos aguardar os desdobramentos.

(Elias Aredes Junior- Foto de Diego Almeida-Pontepress)