Novas reflexões sobre os zagueiros do Guarani

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Os personagens desta segunda-feira, dia 13 de junho são quatro jogadores do Guarani: Leandro Cástan, Ernando, João Victor e Derlan. Eles entraram para viabilizar o esquema com três zagueiros pensado por Marcelo Chamusca e no final comemoraram a vitória sobre o Novorizontino por 2 a 1.

Incrivel que, apesar de melhor posicionados, eles não sairam de campo como herois. Ou como destaques. Pelo contrário.

O gol do Novorizontino teve decisiva colaboração de Leandro Castán, que na ânsia de querer fazer algo diferente, abraçou a lambança com fervor.

Apesar da vitória, a desconfiança continua. Não é para menos. São 13 gols tomados em 12 rodadas. Uma média acima de 1 gol por rodada. Uma comprovação mais do que cabal de que todas, absolutamente todas as opções para o setor pensadas por Michel Alves foram um rotundo fracasso.

Em primeiro lugar porque três jogadores– Leandro Castan, Ronaldo Alves e Ernando- encontram-se acima dos 30 anos e ficam sujeitos as questões físicas e apresentam uma lentidão que é um prato cheio aos oponentes. E mesmo aqueles mais novos, como Derlan e João Victor pecam pela ausência de uma caracteristica fundamental: qualidade. Assim como um mistério está estabelecido.

Bruno Bianconi é oriundo das categorias de base e não foi utilizado. Por que? Algum incauto pode responder que ele não tem condições. Ora, então que seja dispensado e assim economize recursos na folha de pagamento. Que deixe o garoto seguir a trajetória profissional. O que não dá é enrolar e criar expectativa infundada no torcedor.

Em condições normais, com a abertura da janela de transferências, dois ou três beques seriam dispensados, novas contratações seriam efetuadas. Mas o superintendente de futebol, Michel Alves parece querer dar um voto de confiança aos zagueiros bugrinos. Vale a pena?

Diante desse cenário, a saída é Marcelo Chamusca bancar a formação com três zagueiros. Primeiro para minimizar os erros individuais. Sim, com alguém na cobertura, existe a garantia de que os gols “bobos” podem diminuir consideravelmente. Automaticamente, concede-se segurança aos volantes, os alas ajudam a compactar o meio campo e o Guarani fica minimamente competitivo para a sequência da Série B.

Não, não serei louco de imaginar que o Guarani vai virar o Carrossel Caipira de Vadão em 1992.

Foi uma saída de emergência. De um barco à deriva. Que está afundando. E com marinheiros, no caso os zagueiros, cheio de procedimentos. O que importa agora é chegar sã e salvo na outra margem do rio. Ou seja, assegurar a permanência na Série B em 2023. O resto é acessório.

(Elias Aredes)