O Jogo do bugre em 2016: Guarani 6 x 0 ABC (RN)

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O quadro era dramático. Derrota de 4 a 0 no primeiro jogo. Obrigação de repetir o placar para decidir por pênaltis. O Guarani  surpreendeu e fez mais . Venceu por 6 a 0, classificou-se para a decisão da Série C diante do Boa Esporte (MG) cravou seu nome na história. O jogo do ano. Sem dúvidas. Um feito que encobrir até o triunfo por 3 a 0 sobre o ASA e que assegurou o acesso á segundona nacional.

É bom que se diga: o Guarani jogou o tempo todo com a navalha no pescço. Um gol do time potiguar e tudo seria colocado a perder. Em 25 minutos, fez 2 a 0 com Leandro Amaro e Fumagalli. A esperança ficou acesa. Com 31  minutos, o que parecia delírio ficou factível após a expulsão de Jones Carioca, que entrou em atrito com o árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda. Na reta final do primeiro tempo, o ABC perdeu gols e o quadro parecia indefinido.

Eis que no segundo tempo Fumagalli tomou as rédeas da situação. Balançou as redes aos 03min e 09min e transformou o milagre em realidade. Os gols de Alex Santana e Pipico, aos 31min e 35min só colocaram na lona um adversário nocauteado.

Qual o saldo desta epopéia? O Guarani passou por vexames e humilhações porque muitas vezes os próprios jogadores e dirigentes não acreditavam. Jogavam a toalha antes do tempo. Não existia superação, determinação e a raça que separam os homens dos meninos.

Os seis gols anotados no Brinco de Ouro no dia 23 de outubro demonstraram de uma vez por todas de que o futebol não é apenas tática, habilidade, técnica, emoção, alegria, tristeza ou superação. É, antes de tudo, um ato de fé. Que tal conceito jamais seja esquecido pelo Alviverde.

(análise feita por Elias Aredes Junior)