A lição produzida pelas idas e vindas de utilização da cabeceira sul: o estádio Brinco de Ouro é um lugar de todos!

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Um fato curioso marca o Guarani na atual edição da Série A-2 do Campeonato Paulista. A diretoria não sabe o que fazer em relação a cabeceira Sul ou o portão de entrada principal no estádio Brinco de Ouro.

Na largada da competição, o torcedor viu o fechamento do setor, como no empate com o Velo Clube por 1 a 1. A justificativa encaminhada pela diretoria era de que o local era um dos responsáveis pelo prejuízo na arrecadação. Protestos e mais protestos do torcedor foram insuficientes para demover os dirigentes da ideia de abrir o local.

Eis que aparece a promoção “Futebol Sustentável” nos jogos contra Sertãozinho e Portuguesa e o local foi reaberto. Com lotação máxima. Na consulta aos borderôs nas duas partidas adquire-se a informação que cada torcedor que trocou um ingresso por duas garrafas pet possibilitou ao Guarani receber do responsável pela promoção o valor de aproximadamente R$ 46 mil ao somar a quantia arrecadada nos dois jogos. Ou seja, aquilo que produzia prejuízo no passado passou a gerar uma receita nada desprezível.

Para o jogo diante do Barretos, nova mudança de parâmetro: o setor terá bilhetes com os valores de R$ 10 e R$ 5. Deverá receber grande contingente de torcedores, apesar da predileção do torcedor pelo Tobogã.

As idas e vindas de utilização da Cabeceira Sul demonstram no fundo, a incapacidade da atual diretoria de lidar com a missão de organizar os jogos e também de explorar todo o potencial financeiro do Estádio Brinco de Ouro. Apesar de que por vias tortas a promoção capitaneada pela Federação Paulista de Futebol serviu para o Guarani aprender uma lição simples e básica: todas as classes sociais são campo de arrecadação, mesmo as mais humildes. Que a Cabeceira Sul exerça o papel de abrir suas portas aos bugrinos humildes e sem posses. Futebol sem irmandade e congraçamento entre todos perde muita força.

(análise feita por Elias Aredes Junior)