Análise Guarani: sabedoria e planejamento podem fazer a diferença

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Por que o futebol é gostoso? Mistério e imprevisível são palavras eficientes para explicar. O Guarani nutre tais sensações na atualidade. Está na vice-liderança da Série B com 15 pontos, perdeu dois jogos como visitante e fruto de bobeadas individuais. Ainda não estreou jogadores importantes como Richarlyson e Rafael Silva.

A torcida adota o comportamento esperado, a euforia e o entusiasmo como parceiras de uma campanha com cara de acesso. O cronista esportivo vem, faz a previsão, exerce o papel de estraga prazeres e decreta a manutenção na divisão como prioridade. O frequentador da arquibancada torce o nariz mas sabe no fundo a necessidade de colocar o pé no chão devido aos problemas de infra-estrutura  e os entraves financeiros e administrativos.

A vida dá uma mãozinha e o time e torcedores nem percebem. Exemplo: como já completou sete jogos com a camisa do Guarani na segundona, o centroavante Eliandro não corre mais o risco de reforçar um adversário da divisão. Parece pouco, mas é uma grande vitória diante da escassez de talentos. Pode sair para o exterior e a divisão de elite? Pode. Mas uma etapa está eliminada.

O que deve ser feito? Resumo tudo em uma palavra: planejamento. Se o time encontra-se em boa fase, tanto a comissão técnica e o gerente de futebol, Nei Pandolfo precisam tomar as providências.

Providência inicial: poupar jogadores para o confronto de sexta-feira, diante do Criciúma. O calendário tem sido pesado, os jogos desgastantes e alguns jogadores nitidamente começam a sentir o ritmo. Melhor atuar desfalcado em Santa Catarina e posteriormente jogar todas as forças nos dois jogos no Brinco de Ouro diante do Náutico e Oeste. Sem contar que ainda existem ossos duros de roer como América Mineiro, Juventude, Internacional. Não dá para conceder sopa ao azar.

Outra medida salutar seria complementar as características solicitadas por Vadão. Rafael Silva será colocado à disposição, mas o ideal seria a busca de um velocista para ajudar a furar o bloqueio dos oponentes. Samúdio voltou a ganhar utilidade por esse aspecto: tem força, velocidade e apesar das limitações técnicas ajuda a desafogar. Seus gols e jogadas são preciosas, mas seria de bom grado encontrar outra opção para que Vadão e o Guarani não encarem a atual fase como uma brisa que passou.

A hora é de prevenir. Para não remediar no futuro.

(análise feita por Elias Aredes Junior)