Durante o empate por 2 a 2 com o Cuiabá no estádio Moisés Lucarelli observo com atenção a movimentação do armador Camilo. Começa como atacante, ao lado de Matheus Peixoto, com liberdade para entrar dentro da área e finalizar.
Posteriormente, atua como o clássico armador e tenta coordenar as jogadas e isso perdura até sua saída no começo do segundo tempo para a entrada de Luan Dias. Pode parecer delírio, mas essa movimentação errática e muitas vezes ansiosa do jogador é um retrato da temporada da Macaca.
Como esquecer que em janeiro, a Macaca sob a direção de Gilson Kleina busca a ligação direta a todo custo e com três atacantes. Saiu Kleina e João Brigatti buscou fazer um time propositivo, que buscasse o gol de maneira incessante e hora com três atacantes e em outras formações com quatro jogadores no meio-campo. Com Marcelo Oliveira, a tentativa foi de implantar o 4-2-3-1 que lhe consagrou no Cruzeiro e no Palmeiras. Não conseguiu nada.
Hoje, com Fábio Moreno busca uma nova identidade. Uma equipe com forte marcação e que saiba atuar em velocidade. Trabalho incipiente.
Mesmo assim, podemos concluir que o esforço de Camilo no gramado retrata a Macaca na Série B: uma equipe dedicada, esforçada, mas por vezes sem rumo. Isso precisa mudar.
(Elias Aredes Junior)