A cúpula do futebol poderia evitar o desastre da Ponte Preta em Bragança Paulista e Salvador?

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Jogadores e integrantes da comissão técnica da Ponte Preta podem e devem ser cobrados pelos escorregões dos jogos contra Bragantino e Vitória (BA).

Para quem deseja fazer campanha mediana na Série B do Campeonato Brasileiro, perder os dois jogos como visitante é algo normal. Para quem deseja o acesso é inadmissível. Péssimo desempenho seria somar pelo menos três pontos em Salvador.

O Vitória pode se recuperar? Pode. Tem potencial? Tem. Mas falamos de atualidade. Na conjuntura atual o rubro baiano era uma equipe frágil. Ponto.

Algo não pode deixar escapar: a atuação da direção de futebol episódio. Considero que os atletas e a comissão técnica são os principais responsáveis por tal revés.

Fica a pergunta: Gustavo Bueno e Felipe Loureiro alertaram de maneira correta os atletas para esta sequência? Os jogadores foram cobrados para conseguirem quatro ou seis pontos diante do equilíbrio do campeonato? Vou além: conversas ocorreram com o técnico Jorginho a respeito daquilo que precisava ser feito inclusive das necessidades logísticas?

Temos duas hipóteses colocadas. Na primeira, os dirigentes não falaram nada e isso configura-se erro crasso de gestão. Campeonato de pontos corridos não é decidido nas ultimas rodadas e sim desde o mês de abril. Mesmo que o acesso não esteja definido agora é preciso somar os pontos necessários para chegar na reta final com possibilidades. Se ninguém falou isso é imperdoável.

Vamos adotar a direção contrária. Digamos que todo o pacote foi aplicado com reunião no vestiário, conversas com a comissão técnica e todo o tipo de precaução em relação aos dois jogos. Nem preciso dizer o que assistimos em Bragança Paulista e Salvador. Falhas e ausência de concentração que custaram seis pontos. Neste caso, a providência é outra: mudar o discurso. Buscar uma outra abordagem. Se houve interferência está clara que a assimilação foi quase nula.

Moral da história: jogadores e comissão técnica ficam com saldo negativo após os tropeços. Mas sem uma atuação forte, destemida e adequada da diretoria de futebol fica difícil pensar em final feliz. É preciso correção de rota. Urgente.

(Elias Aredes Junior)