Existe um sentimento de frustração que hora ou outra afeta o torcedor do Guarani, que é a ausência de grife nos reforços anunciados nos últimos anos. Acostumados ao tempo de fartura de Luiz Roberto Zini ou dos bons elencos montados por Oswaldo Alvarez, em 2009 e 2012, ninguém quer deixar de eleger uma estrela de estimação.
Gente que leva multidões ao estádio. Ídolos feitos de carne e osso e capazes de fazer história em um clube centenário.
Queria dar uma notícia ruim. Dificilmente tais anos dourados vão se repetir. Acabou o tempo em que os noticiários abriam espaço para uma equipe cujo trio de ataque era formado por Amoroso, Djalminha e Luizão.
Não tem jeito. A saída é garimpar, pesquisar, buscar alternativas e esperar os frutos.
Darei dois modelos de que abraçar a tese vale a pena. A primeira atende pelo nome de Bruno Brígido. Torcedores não acompanharam a trajetória do atleta e nem o depoimento de profissionais de imprensa foi suficiente para tirar a desconfiança. O goleiro entrou em campo, foi campeão da Série A-2 e retirou as desconfianças e carimbar o passaporte ao futebol português.
E você que idolatrava Bruno Nazário, agora no Atlético Paranaense? Você lembra que ele apareceu em janeiro do ano passado, oriundo do Cruzeiro e sem nenhum destaque efetivo no futebol nacional? O que falar então de suas atuações irregulares?
O flerte só virou paixão quando deu demonstrações de amor ao clube, como atuar no sacrifício e fora de suas condições físicas diante do Internacional. Saiu pela porta da frente. De cabeça erguida.
A competição não esquentou, Oliveira sequer estreou e, apesar de suas boas atuações diante de Oeste e Coritiba, existe gente com disposição de virar o nariz. Nada mais apressado. Assim como boa dose de paciência deve ser destinada ao centroavante Marcão, outrora carrasco e contratado recentemente.
Está na hora do Brinco de Ouro viver novos tempos.
(análise feita por Elias Aredes Junior)