A pergunta que não quer calar: o Guarani tem Conselho Deliberativo? É legal? É válido? Confira toda a confusão

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A campanha decepcionante no gramado não é o único drama reinante no estádio Brinco de Ouro. Não há uma concordância sobre a validade ou não do Conselho Deliberativo. Em meados de março, o clube marcou eleições mas eles foram suspensas pela Justiça que acatou uma liminar com o conteúdo de contestação dos prazos estipulados pelo edital da Comissão Eleitoral. O principal beneficiado foi a chapa liderada por Palmeron Mendes Filho, que tinha sido impugnada.

Como o juiz responsável ainda não deu uma resposta , três correntes de pensamento reinam no Brinco de Ouro. A primeira é de que como a eleição não foi realizada, o atual Conselho Deliberativo só seria destituído com a realização de uma nova eleição, cuja data ainda não está definida. Neste contexto, bastava ao  presidente do Conselho Deliberativo, Toni Persio Cassaro convocar um encontro e dar continuidade aos trabalhos.

Outra vertente defende que a legitimidade do Conselho Deliberativo seria obtida por uma Assembléia de Sócios que daria uma autorização especial para legitimar o órgão até a realização do novo.

A reportagem do Só Dérbi apurou, no entanto, que a atual composição de mesa do Conselho Deliberativo fez uma consulta com dois especialistas jurídicos e todos lhe deram a mesma orientação: a de que não há Conselho Deliberativo formalmente constituído no Guarani está legalmente extinto, pois o mandato do anterior encerrou-se no dia 31 de março, pois cumpriu o mandato de três anos. Os especialistas orientaram a mesa do CD de que qualquer reunião realizada após a data de encerramento do mandato previsto pelo estatuto seria alvo de contestação judicial. Uma autorização judicial foi requisitada, mas não houve resposta até o momento por parte da Justiça.

No final das contas, o único órgão político do Guarani com plenos poderes e sem contestação jurídica, de acordo com fontes ouvidas pelo Só Dérbi é o Conselho de Administração comandado por Palmeron Mendes Filho. E por enquanto, diante do impasse nos bastidores, não há perspectiva de solução.

(Elias Aredes Junior)