A pergunta que não quer calar: Onde está o balanço financeiro do Guarani?

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Escrevo em um domingo e, por enquanto, não temos notícia sobre a publicação do balanço financeiro do Guarani referente ao ano de 2017. A medida é obrigatória pela Lei Pelé e, desde que o atual grupo político tomou posse, tanto a aprovação como a divulgação dos dados é uma sucessão de trapalhadas.

Na reunião do Conselho Deliberativo programada para esta segunda-feira, dia 16 de abril, a pauta definida pelo presidente Edinho Torres é apenas a leitura e análise do relatório feito durante a Série A-2 do Campeonato Paulista. A divulgação ou apreciação do balanço não está na pauta.

Por que a divulgação do balanço financeiro é importante? Ao contrário do que pensam alguns, de que o jornalista esportivo deve ficar restrito as quatro linhas, este documento é importantíssimo e no Guarani ganha importância ainda maior. Qual foi a receita do departamento de futebol profissional em 2017? O clube fechou com superávit ou déficit? Qual o valor patrimonial dos jogadores vinculados as categorias de base?

Como encontra-se oficialmente o pagamento das dívidas trabalhistas? O que falta pagar? Como será pago? Existem verbas de televisão bloqueadas? Quais? Como liberar? Roberto Graziano fez algum aporte? Teve algum desconto no VGV? São questionamentos fundamentais para que todos tenham noção quais os passos que o Guarani poderá viabilizar em 2018.

Queiramos ou não, divulgar o balanço no início da segunda quinzena de abril abre pouca possibilidade de análise para quem deseja tirar dúvidas sobre aquilo que foi feito pelo Guarani em toda a temporada de 2017.

Vencer e levantar uma taça é ótimo. É o motor da história de qualquer equipe. Só não dá para esquecer que o futebol já é uma empresa e seus sócios são os acionistas, que no fundo representam os torcedores. E eles merecem toda a atenção e explicações.

Por volta das 16h deste domingo, a diretoria do Guarani informou a reportagem do Só Dérbi que o balanço financeiro será divulgado no dia 27 de abril, a três dias do encerramento do prazo legal concedido pela lei.

Pergunta que não quer calar: este tempo é suficiente para detectar possíveis erros e corrigi-los a tempo? Aguardemos.

(análise feita por Elias Aredes Junior)