Abdalla, Valio, Mazola Junior, Barbarotti. Os sócios do vexame pontepretano na Copa do Brasil

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A derrota têm sócios. A eliminação precoce da Ponte Preta na fase inicial da Copa do Brasil tem culpados e não englobam apenas os jogadores. O presidente da Macaca, José Armando Abdalla Junior, o diretor financeiro Gustavo Válio, o gerente de futebol, Marcelo Barbarotti e o ex-treinador Mazola Junior são os construtores da débâcle presenciada em campos goianos.

Erros e mais erros de gestão. Decisões equivocadas que levaram a tal estado de desespero. Se começarmos pela montagem do time, Barbarotti tem culpa porque não resolveu um problema crônico existente desde a Série B do ano passado: a ausência de criação no meio-campo. Bancar a manutenção de Matheus Vargas transformou-se em uma tragédia em médio prazo. O atleta, que até tem boa qualidade técnica não tem intensidade para o futebol atual. O gerente de futebol falhou ao contratar atletas que precisam de um cuidado físico além do normal para entrarem em forma. Sim, falo de Thalles. Não de modo pejorativo. Todos sabiam que precisava de um tempo para entrar em forma física. É jogador explosivo. De força e velocidade. Necessita de tempo. Hugo Cabral provou que é um atleta de segundo tempo, nunca para começar uma partida. Deveria existir um plano B.

Você deve imaginar porque coloco Mazola Junior no rol dos culpados. A justificativa: ele comandou a pré-temporada, avalizou a contratação dos atletas e falhou ao não estabelecer um planejamento especial para fazer uma preparação especifica para este jogo. Uma semana em um local distante de Campinas para preparar-se para os jogos contra São Paulo e Aparecidense seria uma boa medida. Poderia não adiantar nada? Concordo. Mas seria uma tentativa válida, já que o jogo da Copa do Brasil tinha uma importância financeira além do normal.

Chegamos ao topo da pirâmide. José Armando Abdalla Junior e Gustavo Valio. Ele e os outros integrantes da diretoria executiva executaram tiveram uma sequência de equívocos administrativos e pagaram caro. Demitir Mazola Junior em meio a preparação do jogo contra o São Paulo provocou prejuízos na preparação. Se a saída tivesse ocorrido no embate com o Bragantino e logo depois ocorresse a contratação do treinador e de maneira rápida, o time certamente chegaria mais solidificado. Valio, por sua vez, por acompanhar o presidente e dar o respaldo financeiro para execução das medidas acaba sendo sócio no fracasso. Ah! Jamais esquecer a ausência de um diretor de futebol estatutário.

E agora? Só resta aprender com os erros, adotar medidas para contenção de gastos (afinal pensavam que arrecadariam R$ 3 milhões na Copa do Brasil) e focar todos os esforços para terminar o Paulistão de modo digno.

(análise feita por Elias Aredes Junior)