O presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, realizou na semana passada mais uma reunião do colegiado de futebol. Em uma das fotos tiradas, as redes sociais entraram em efervescência porque uma mulher presente na reunião não foi identificada por uma parcela de torcedoras.
Horas depois, descobriu que se tratava de Grazi Andrade, a filha da incansável torcedora Maria Luiza Volta. O mínimo que se esperava é que os integrantes da diretoria executiva esclarecessem ao torcedor de que ela exerceria a função de secretariado no colegiado de futebol em lugar de Josué, que sempre executava tal função.
Não é o único deslize. Após mais de 30 dias, a diretoria não foi completada por Tiãozinho e tivemos constantes adiamentos do anúncio oficial. O responsável estatutário do futebol? Ninguém sabe, ninguém viu.
Fato é que apesar da intenção de democratização, todas as aparências convergem para uma administração calcada pelo improviso. Em resumo: a oposição não se preparou para assumir o poder.
O que é um despropósito. Por meses, Vanderlei Pereira, Sérgio Carnielli e Tiãozinho tiveram uma postura crítica em relação a toda diretoria comandada por José Armando Abdalla Junior. Criticas e mais criticas eram feitas em relação as contas e ao papel do futebol. E quem aponta os defeitos tem que estar preparado para assumir a tarefa em conjuntura de emergência. Não seguiram a cartilha.
Se existia uma postura oposicionista, o mínimo exibir de imediato uma linha de trabalho e a equipe de trabalho apresentada em curto prazo.
Não falamos de neófitos. A oposição é feita por dois ex-presidentes (Carnielli e Vanderlei) e o atual presidente, Tiãozinho, além de trajetória política, tem histórico como diretor de futebol. Como explicar tantos atropelos? Como justificar demora em contratações se quem está no comando tem experiência no cotidiano de um time de futebol?
Para quem prometeu uma revolução a presença de tantas atitudes improvisadas é uma tremenda decepção.
(Elias Aredes Junior)