Análise: até quando Baraka vai pensar que é armador ao invés de volante?

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São três vitórias no Brinco de Ouro, oito gols marcados e apenas dois sofridos. Com a bola no pé, um time envolvente e capaz de demolir qualquer defesa, graças à velocidade de Bruno Nazário, o dinamismo de Rondinelly, a voluntariedade e o senso de oportunismo de Bruno Mendes.

Sem a bola, o torcedor bugrino consciente está careca de saber sobre as falhas de posicionamento, especialmente na bola parada, o que pode ser fatal na busca de pontos fora de casa. E sem tomar pontos como visitante será impossível sonhar com a semifinal e o desejo de acesso.

Não é só isso. Alguns “cupins” precisam ser mortos. Sem medo de retaliações ou preocupações. Quebra a cara quem imagina minha análise ser direcionada ao camisa 10 Fumagalli. Apesar de ter sido pouco acionado e frequentador do banco de reservas, sua atitude e liderança tem sido impecáveis. Agora, o que dizer sobre a desobediência tática de Baraka?

Falamos de típico cabeça de área. Limitado, com poucos recursos e que não é dotado de categoria suficiente para decidir os jogos. Algo que deveria ficar a cargo de Ricardinho, ainda sem a força suficiente para fazer a diferença.

O que acontece é que quando a bola rola, Baraka vai à frente, busca o ataque e deixa um buraco à frente dos zagueiros. Quem adotar o lançamento longo e contar com um atacante de velocidade, certamente ficará no mano a mano com William Rocha e Lucas Kal. São bons jogadores para o nível da Série A-2? Com certeza. Sem esquecer de que zagueiro bom é zagueiro protegido.

A pergunta que fica: Baraka adota tal premissa como fruto de treinamento ou porque desobedece as ordens e o planejamento da comissão técnica? Se a primeira opção for válida, então Umberto Louzer merece um puxão de orelhas porque não consegue aproveitar o potencial do jogador que têm em mãos. Agora, se for um ato de desobediência, a receita é curta e grossa: ou o treinador bugrino coloca ordem na casa e mostra quem determina as diretrizes da prancheta ou o Guarani poderá deixar escapar, pela quinta vez consecutiva, um acesso que parece alcançável.

(análise feita por Elias Aredes Junior)