Algumas dúvidas permeiam a atuação do Guarani no dérbi 198, programado para a terça-feira, às 19h15, no estádio Brinco de Ouro. Por atuar em casa e ter perdido apenas cinco pontos em seus domínios sob o comando de Felipe Conceição (empate com o Figueirense e derrota para o América Mineiro) é de se esperar uma postura agressiva, desde os minutos iniciais.
A equação desta vez está longe de ser simples. Primeiro porque a ausência de Pablo para cumprir quarentena pela Covid-19 é um duro golpe. No aspecto ofensivo você perde um atleta com boa movimentação, velocidade e que com a nova comissão técnica aprimorou seu poder de conclusão. E que é útil quando ocorre a perda da posse de bola. Faz uma dobra de marcação com Cristóvam e tal expediente protege indiretamente o zagueiro Walber.
Cristóvam e sua irregularidade estarão em campo. Sem Pablo. E com um oponente chamado Bruno Rodrigues.
Rápido, insinuante e com poder de conclusão, tem sua zona de atuação pelo lado esquerdo. Tem como característica principal a capacidade de entrar em diagonal e concluir a gol com perigo. É o principal jogador da Ponte Preta na Série B.
A Ponte Preta pode e deve insistir na estratégia de explorar a sua velocidade. O contra-ataque pode ser um trunfo poderoso em um confronto tão equilibrado. E de quebra, pode abrir espaço para Apodi atuar com liberdade. Enquanto você pensa em um, o outro deita e rola.
Quanto ao Guarani, Conceição precisa pensar em alguém para auxiliar Cristóvam e fechar aquele espaço. Só não seria de bom grado pedir para Lucas Crispim fazer o sacrifício.
Será um jogo de xadrez. Resta saber quem dará o xeque mate.
(Elias Aredes Junior)